As pequeninas sementes carregam todo o segredo da baunilha
Baunilha
Presente dos Deuses
Adorado até hoje pelos Totonacas como um "presente dos deuses", o aromatizante mais popular no mundo todo tem suas origens no México. Muito usada pelos Astecas, abaunilha> (Vanilla planifolia) era ingrediente usado na bebida feita de outra famosa contribuição daquela região, o chocolate. Chamada de Vainilla (ou pequena bainha), foi apresentada pelo imperador Montezuma aos conquistadores espanhóis e levada para a Europa no século XVI. Muito bem recebida no velho continente, viu seu favoritismo subir vertiginosamente com a popularização do sorvete.
As favas verdes, que brotam de uma orquídea, eram polinizadas por pequenos pássaros e por uma abelha chamada Melipona, encontrados somente no México. Com o tempo, porém, os europeus aprenderam a técnica da polinização manual, espalhando a baunilha por suas colônias, onde poderiam ser cultivadas e criadas outras variedades. A França, por exemplo, levou-a para Madagascar. Atualmente, além do México e Madagascar, Indonésia e Taiti cultivam a baunilha.
Para tornarem-se as favas marrons e adocicadas que conhecemos, as favas verdes devem ser colhidas antes de caírem. Depois disso, passam por um longo processo de secagem, maturação e fermentação (responsável por seu rico sabor) que chega a durar 6 meses, daí seu elevado preço.
As pequeninas sementes que recheiam a fava são donas do segredo deste aromatizante. Quando raspadas da fava, servem para exaltar os sabores de bebidas (como chocolates), molhos, cremes (como o inglês), bolos, sorvetes e doces (Tarte Tatin e pudins, por exemplo). Ao contrário do que poderia se pensar, as favas raspadas não precisam ser jogadas fora. Uma vez lavadas, secas, acondicionadas em potes bem fechados e mantidas temperatura ambiente, podem ser novamente utilizadas. As favas podem ser moídas e acrescentadas a sorvetes e biscoitos ou usadas inteiras para aromatizar o açúcar (açúcar vanilado).
Encontradas à granel em mercados (como o municipal de São Paulo) ou embalados em vidros nos supermercados, a boa baunilha deve sempre apresentar aroma rico, ter superfície oleosa e ser suave ao toque. Deve-se evitar favas que aparentam secura, pouco aroma ou mostrem sinais de fungos.
Bem mais forte que seu original, mas nem de perto tão bom, a essência de baunilha deve ser usada com parcimônia para substituir a fava. Em líquidos ferventes deve ser adicionada no último momento, para que o álcool que contém não evapore e assim não se perca muito de seu sabor.
Muito mais que um simples aromatizante, a baunilha tem efeitos psicológicos. Seu aroma está permanentemente ligado a tudo o que é agradável e satisfatório, por isso também é largamente utilizada em perfumes, xampus e quaisquer outros produtos que necessitem de um odor contagiante. Sendo assim, fica difícil pensar num mundo sem baunilha.
o efeito da baunilha, tem um efeito parecido com o chocolate, estimula o cérebro à produzir mais endorfina,aí vem aquela sensação de bem estar, de dever cumprido.
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