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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Características Químicas do Alho



Características Químicas:

A seguir o valor alimentar de 100g de alho: 

água, 69,8g; 
proteínas, 4,4g; 
gordura 0,2g; 
vitamina B2, 0,03mg; 
ácido nicotínico, 0,9mg; 
vitamina C, 3mg; 
cálcio, 5mg; 
fósforo, 44mg; 
ferro, 0,4mg; 
potássio, 130mg; 
sódio 8,7mg; 
magnésio, 8,3mg; 
e cloro, 35mg. Além disso, cada 100g de folhas de alho contém 77mg de vitaminas C, que está além, até 20 vezes, no alho. 


O Poder da Alicina

O componente alicina: é responsável pelo odor característico do alho e, inibe o desenvolvimento de bactérias, destrói fungos, estimula o fluxo das enzimas digestivas e elimina toxinas através da pele.
Depois de inúmeras análises químicas, os cientistas chegaram à conclusão de que a grande riqueza do alho se encontra nos seus componentes - mais de trinta já foram isolados - especialmente nos derivados de enxofre (sulfatados). Entre eles, o mais importante é, sem dúvida, a alicina (di-propenyl tiosulfinato), responsável pela maioria das propriedades farmacológicas da planta. Na verdade, a alicina, um líquido de coloração amarelada, só aparece de fato quando o alho é mastigado ou cortado, rompendo-se as células do bulbo. E é também a alicina a responsável pelo forte odor característico da planta.
Experiências comprovam que a alicina é um antimicrobiano poderoso. Atua, por exemplo, na morte de bactérias gram-negativas, causadoras de infecções e furunculoses. Funciona também como agente antiviral, combatendo, entre outros o vírus da gripe. Na China, estão estudando há mais ou menos três anos o efeito do extrato injetável do dialil sulfeto, outro dos componentes do alho, contra o citomegalovírus e alguns outros tipos do vírus causadores do herpes, muitas vezes presentes em transplantados, devido à queda do sistema imunológico. Embora a ciência não saiba precisar com exatidão como funcionam os compostos sulfurados, os pesquisadores acreditam que eles atuem diretamente no núcleo dos vírus, impedindo sua proliferação. Dessa mesma maneira, a alicina agiria contra bactérias e fungos como a "Candida albicans", responsável pela candidíase ou sapinho.
Outros estudos, porém, apontam nos derivados do enxofre um efeito diferente, mas igualmente benéfico: o fortalecimento do sistema imunológico, com o aumento do número de linfócitos T, uma das mais combativas células de defesa do sangue. Dessa forma, a proliferação dos micro-organismos também ficaria prejudicada.

Os aromatizantes que compõem o gênero Allium (o alho, a cebola, a cebolinha e suas demais variantes) são há muito tempo empregados na culinária do mundo inteiro no preparo de deliciosos pratos, e estão tão inseridos em algumas refeições que até dão nome a elas. É ”alho e óleo”. E não é para menos, pois são excelentes temperos e trazem de contrapartida um ótimo aroma à refeição. Surpreendentemente, o elemento químico associado a todos e responsável pelo seu odor é o mesmo: o enxofre. E ainda mais fascinante é o fato de que esse elemento, assim como os compostos responsáveis pela aromaticidade desses produtos, não existem na planta intacta, mas são biossintetizados enquanto são manipulados na cozinha de casa. As cebolas, quando intactas, não possuem o odor que nos faz lacrimejar.
Um dente de alho, por exemplo, quando esmagado, libera uma enzima conhecida por alinase, a qual converte sulfóxidos em ácidos sulfênicos. Esses ácidos então se dimerizam e liberam água, formando os aromatizantes que organolepticamente conhecemos. O alho produz muitos outros compostos, derivados do elemento químico enxofre, de natureza altamente volátil.
A alicina, uma molécula produzida pelo alho, é um importante composto de natureza antibactericida, e seu poder era bem vindo ante da descoberta dos antibióticos modernos, quando o alho era utilizado em infusões para tratar uma diversidade de problemas médicos de natureza infecciosa, como a tuberculose, por exemplo. Acredita-se que a função desses compostos seja a de agente de defesa da planta contra invasores, mas ainda se discute o assunto. O que a medicina atual conhece são os inúmeros efeitos fisiológicos positivos realizados pelo alho em benefício da saúde.
Mas o alho muitas vezes é evitado por causar mau hálito ao ser ingerido, o qual possui uma fisiologia que vai muito além dos dentes não escovados ou da falta de assepsia bucal. O odor muitas vezes é oriundo dos pulmões através do sangue. Sabe-se que compostos de alho podem ser encontrados na urina mesmo alguns dias depois de serem ingeridos, do mesmo modo que sentiríamos o gosto desse produto caso nossos calçados o contivesse.
A alicina é a molécula responsável por tais propriedades, mais uma vez. Sua absorção na pele ocorre de modo muito rápido, pois sua estrutura química polar favorece essa absorção. Na molécula de alicina são encontrados dois átomos de enxofre, responsáveis pelo odor tão característico dos dentes de alho. Portanto, é altamente recomendável inserirmos o alho em nossa dieta, preferencialmente de forma diária.




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