google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 HORTA E FLORES: Cultivo da Cabaça ou Porongo (Lagenaria vulgaris)

domingo, 27 de setembro de 2015

Cultivo da Cabaça ou Porongo (Lagenaria vulgaris)

Introdução

A cabaça,  também conhecido como porongo  é o recipiente mais comumente usado como cuia, tendo como vantagens a fácil obtenção e o baixo custo. A “cuia” nada mais é do que um porongo seco, ou seja, o fruto do porongueiro (Lagenaria vulgaris, família das cucurbitáceas) amadurecido e limpo de sementes.A cabaça,  também conhecido como porongo  é o recipiente mais comumente usado como cuia,tendo como vantagens a fácil obtenção e o baixo custo. A “cuia” nada mais é do que um porongo seco, ou seja, o fruto do porongueiro (Lagenaria vulgaris, família das cucurbitáceas) amadurecido e limpo de sementes.
 A cabaça é uma planta trepadeira anual de caule herbáceo. As flores são, em geral, amarelas ou brancas. Os frutos, de várias cores e feitios, atingem em média 40 centímetros de diâmetro. É uma baga bem desenvolvida com parede externa precocemente endurecida e parte interna carnosa,preenchida pela placenta.
É uma cultura tolerante à falta de água, principalmente no período após a emissão das ramas até oinício da frutificação. Deve-se evitar solos ácidos e mal drenados. Conforme Bisognin ([19–]) a cabaça absorve grandes quantidades de potássio, concentrando-se a absorção dos 10 aos 60 dias após a emergência. O nitrogênio é absorvido em quantidades similares ao potássio devido ao grande desenvolvimento da parte aérea. O fósforo, o cálcio e o magnésio são absorvidos em menores quantidades desde o início do desenvolvimento das plantas. Conforme este autor, nos solos arenosos deficientes em fósforo e potássio, bons resultados são obtidos com adubação de NPK 5-20-20, na quantidade de 150 kg/ha misturados com 50 kg/ha de calcário Filler. Em áreas com pouca matéria orgânica, usa-se 50 kg/ha de uréia. O plantio da cabaça é realizado nos meses de Agosto até Outubro. O espaçamento entre fileiras pode ser de 1,5 a 2,0 m, deixando-se duas plantas por metro linear ou por cova, separadas por 1,0m, resultando numa densidade de 10.000 a 13.300 plantas/ha. Normalmente utilizam-se três sementes por cova. O uso de maiores densidades de plantas/ha favorece a rápida cobertura do solo, reduz ainfestação de plantas daninhas e resulta na produção de frutos de menor tamanho, o que é desejado pela indústria de cuias.
No início dos crescimentos das plântulas, principalmente em semeaduras tardias, pode ocorrer o aparecimento de vaquinha (uma praga), que ataca os cotilédones afetando significativamente o desenvolvimento e podendo levar à morte de plantas. As plantas são atacadas também por percevejos no final do ciclo da cultura. O percevejo suga a seiva das ramas podendo causar a morte das plantas, interrompendo o crescimento dos frutos, impedindo seu uso para a3 fabricação de cuias. O controle de pragas deve ser muito criterioso, pois se trata de uma planta cujas flores são polinizadas exclusivamente por insetos. As doenças que ocorrem na cabaça são o oídio, o míldio e a antracnose. Pode-se usar calda bordalesa para o controle. A calda bordalesa é um tradicional fungicida agrícola, resultado da mistura simples de sulfato de cobre, cal hidratada ou cal virgem e água.
     germinação                                   

As sementes, se guardadas em local fresco, possuem uma durabilidade de até um ano.
sementes
COLHEITA
A colheita é realizada após o secamento natural da planta, 130 – 150 dias após a semeadura.
Normalmente a primeira colheita se faz no mês de Janeiro. Os frutos são colhidos e amontoados à sombra para que a secagem ocorra de forma lenta. A produtividade média das cabaça de casca fina pode chegar a 12.000 frutos/ha e os de casco grosso a 6.000 frutos/ha. Se o fruto for colhido verde, murcha. A dica para saber se ele já está maduro é bater com força na casca, utilizando uma faca, depois que a cabaça ficar amarelada. Se a faca não se prender ao fruto, a cabaça já pode ser colhida. Outra maneira é deixar a cabaça secar na lavoura, até o cabo ressecar e a cabaça adquirir sua cor tradicional.  Começa aí, o processo de beneficiamento da cabaça para transformá-lo em cuia.
O porongo (Lagenaria siceraria) é também muito conhecido como cabaça, e isso causa muitas vezes confusão, pois esse nome popular também é usado para uma outra planta muito diferente, a espécie arbórea Crescentia cujete, também chamada de árvore-da-cuia.
O porongo ou cabaça é uma trepadeira vigorosa, cujos ramos podem crescer de 3 até 10 m de comprimento. Há uma grande variedade de formas e tamanhos de frutos nesta espécie, que é uma das mais antigas plantas cultivadas pela humanidade, sendo cultivada há pelo menos oito mil anos. É também a única planta herbácea que era cultivada tanto no velho mundo quanto no novo mundo antes das viagens marítimas dos europeus à América. Sua longa história de cultivo dificulta a determinação de sua origem, mas pesquisas recentes indicam que pode ser uma planta originária do sul da África.
Os frutos, que podem variar de pequenos e arredondados a grandes e compridos, indo de uma dezena de centímetros a mais de um metro de comprimento, são usados para a confecção de recipientes (por exemplo, a cuia de chimarrão no sul do Brasil e em outros países do sul da América do Sul), instrumentos musicais (por exemplo, o sitar indiano), e para a confecção de artesanato (por exemplo, os mates burilados do peru).
Tanto os frutos imaturos quanto as sementes, as folhas jovens e as pontas dos ramos podem ser consumidos. Os frutos imaturos de algumas variedades cultivadas são mais apropriados para o consumo do que os frutos de outras, sendo que algumas variedades cultivadas na Ásia são consideradas como as de melhor qualidade para o consumo. As folhas jovens e pontas de ramos podem ser consumidas cozidas ou refogadas. Os frutos imaturos podem ser preparados de muitas formas diferentes, como por exemplo, fritos ou cozidos, e podem ser usados em sopas e conservas, ou até mesmo para fazer suco. Porém, frutos invulgarmente amargos devem ser descartados, sendo impróprios para o consumo, especialmente na forma de suco, pois podem apresentar uma alta concentração de cucurbitacinas, que são substâncias tóxicas. Normalmente o consumo dos frutos é totalmente seguro, mas pode haver uma alta concentração destas substâncias tóxicas em plantas cultivadas sob condições inadequadas, como baixa fertilidade do solo, solos muito ácidos, pouca disponibilidade de água e altas temperaturas, ou em frutos armazenados de forma inadequada.
As flores desta espécie são brancas, havendo flores masculinas e femininas separadas na mesma planta. As flores femininas já contêm um pequeno fruto na base da flor (na verdade o ovário da flor, que se desenvolverá no fruto após a polinização). As flores masculinas têm apenas uma longa e fina haste (o pedúnculo floral, que nas flores femininas é mais curto). As flores se abrem ao anoitecer e podem continuar abertas por várias horas durante o dia seguinte. As flores são polinizadas principalmente por mariposas durante a noite, mas também podem ser polinizadas por abelhas, besouros e mamangabas ou mamangavas, durante a manhã.
Há uma grande variedade de formas e tamanhos de cabaças ou porongos

Clima

É cultivada praticamente em todas as regiões de clima tropical e subtropical do mundo, e pode ser cultivada em qualquer região livre de geadas e temperaturas muito baixas, embora cresça melhor com temperaturas entre 18 e 30°C. Em regiões mais frias, pode ser cultivada durante os meses mais quentes do ano, e em estufas, se necessário.

Luminosidade

Necessita de luz solar direta.
Mesmo sendo uma das plantas da família da abóbora que melhor suportam temperaturas relativamente baixas, a cabaça ou porongo cresce melhor em clima quente

Solo

O solo deve ser bem drenado, e o ideal é que seja leve, fértil e rico em matéria orgânica. Esta planta é tolerante quanto ao pH do solo, mas o ideal é um pH entre 6 e 7.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, porém evitando que permaneça encharcado.
A cabaça ou porongo pode crescer sobre cercas, treliças ou caramanchões

Plantio

A cabaça ou porongo é propagada a partir de suas sementes. Abra covas de 30 a 45 cm de profundidade, adube conforme a necessidade de forma a suprir as deficiências nutricionais do solo e volte a fechar. Semeie de duas a cinco sementes por cova a uma profundidade de 1 a 2 cm no solo já preparado. Também é possível semear em sementeiras, sacos para mudas ou pequenos vasos, e transplantar as mudas quando atingirem de 15 a 20 cm de altura. Em condições adequadas, a germinação pode ocorrer em menos de uma semana.
O espaçamento recomendado entre as plantas varia bastante com a variedade cultivada e com o método e as condições de cultivo, podendo ir de 2 a 4 m entre as linhas de cultivo e de 1 a 3 m entre as plantas, sendo menor para o cultivo tutorado e maior para o cultivo rasteiro.
Flor de cabaça ou porongo

Tratos culturais

Esta planta pode ser cultivada sem tutoramento, com os ramos crescendo sobre o solo, mas o ideal é cultivá-la de forma que possa crescer sobre cercas, treliças ou caramanchões, para aumentar a produtividade por área e para que os frutos não fiquem em contato com o solo.
Retire com cuidado as ervas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes, pois as raízes desta planta são relativamente superficiais.
Se não houverem insetos para fazer a polinização, esta pode ser realizada manualmente, colhendo flores masculinas e tocando estas levemente nas flores femininas, de forma que as anteras cobertas de pólen entrem em contato com o estigma da flor feminina. Também é possível usar, por exemplo, um pincel de cerdas macias para transferir o pólen das flores masculinas para as flores femininas.
A cabaça ou porongo também pode ser cultivada sem tutoramento, crescendo rasteira

Colheita

O início da colheita dos frutos destinados ao consumo ocorre a partir de 60 a 120 dias após o plantio. Os frutos destinados ao consumo são colhidos ainda verdes e imaturos, sempre deixando alguns centímetros da haste (pedúnculo) presa ao fruto para que se conservem por mais tempo. A colheita deve ser feita com frequência para que os frutos não passem do ponto ideal de colheita, podendo ser realizada, por exemplo, a cada 3 ou 4 dias.
Os frutos podem levar dois ou três meses para amadurecer e secar. Quando o fruto amadurece a polpa seca e a casca endurece, ficando oco. Os frutos totalmente secos, que quando são agitados apresentam sementes soltas em seu interior, podem ser cortados ou perfurados, permitindo assim que as sementes sejam retiradas, efetuando-se uma raspagem do interior do fruto para soltar todas elas. Neste estágio as cabaças estão prontas para serem utilizadas na confecção de recipientes, instrumentos musicais, etc.
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