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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Cultura da Cebolinha



CURIOSIDADES: Prezados amigos, já viram coisa mais insossa que uma sopa sem cebolinha,cultura simples, que até em um apartamento pode ter, desde que haja um local exposto ao sol, pois é,então mãos a obra, aí vaí:



Descrição:
 A cebolinha é uma planta condimentar semelhante à cebola, mas não desenvolve bulbo. Pertence à família Alliaceae. Duas espécies são cultivadas: A. fistulosum (cebolinha verde ou comum) e A schoenoprasum (cebolinha-de-folhas-finas ou galega). A cebolinha verde é natural do Oriente ou da Sibéria, possui folhas numerosas, fistulosas, com comprimento variando de 25 a 35cm(ou mais) e cor verde mais clara do que a galega. A cebolinha galega(ceboullete) é originária da Europa e seu sabor é semelhante ao da cebola. As plantas formam tufos bem fechados com folhas numerosas, finas e cor verde-escura. Produz, na base da haste, um engrossamento semelhante a bulbos ovais(mas há também a caipira, tão típica do interior mineiro,sempre plantada por mudas e que através de uma seleção natural ao contrário,ou seja sem nenhuma preocupação com fatores mercadológicos e hoje constitui uma alternativa de ganho para os agricultores orgânicos como alternativa de variedade altamente resistente à principal doença das alliaceaes, a mancha purpúrea e ao mosaico) acima na foto meu canteirinho com a mesma.

Zoneamento agrícola: o cultivo da cebolinha é indicado para regiões de clima ameno, entre 8 e 22oC, resistindo ao frio. As variedades do grupo 'Todo Ano', no entanto, toleram temperaturas altas. Prefere solos de textura média, ricos em matéria orgânica, bem drenados e com pH entre 6,0 e 6,8.(bem isto é o que diz a literatura, mas a realidade é que se cultiva cebolinha do Oiapoque ao Chuí), ou seja que a produtividade melhor ocorre na faixa climática acima citada.

Época de plantio: o ano todo em regiões de clima ameno; para os demais locais a melhor época é de fevereiro a julho. As variedades do grupo 'Todo Ano' podem ser cultivadas no verão.

Cultivares: cebolinha comum - Ano Todo, Evergreen, Bunching, Hanegui, K. Futonegui, Nebukai, N. Hosonegui, White Spear Bunching e a caipira mineira.

Espaçamento: 0,25 x 0,15m.(entre fila e entre planta)

Sementes necessárias: 1,0 a 1,5kg/ha.(por muda só Deus sabe)

Semeadura/Transplante: a semeadura é feita em canteiros, em sulcos distanciados de 10cm e com profundidade de 0,2 a 0,5cm, distribuindo-se as sementes em linha contínua. O transplante é feito 30 a 40 dias após a semeadura, em canteiros definitivos, em sulcos com profundidade de 3 a 4cm, distanciados de 0,15 a 0,25cm entre plantas. Outra opção é transplantar mudas de touceiras antigas, cortando as folhas acima da gema apical e podando as raízes. Deve-se ter o cuidado de transplantar as mudas à mesma profundidade em que se encontravam. Essa operação deve ser feita, de preferência, de março a julho.

Calagem: aplicar calcário para elevar a saturação por bases do solo até 80%(muito importante, fator limitante na produção das alliaceaes é solo acido, portanto como regra pratica, jogue 200 gr de calcareo dolomititico por metro quadrado de canteiro, incorpore bem ,junto com a adubação orgãnica.

Adubação orgânica: aplicar, pelo menos 30 dias antes do transplante das mudas, 40 a 60t/ha(10 lt) de esterco de curral bem curtido ou composto orgânico, que podem ser substituídos por 10 a 15t/ha de esterco de galinha ou 3 a 4,5t/ha de torta de mamona fermentada sendo, a dose maior, para solos arenosos( em agricultura orgãnica usa o dobro e não usa adubo quimico).

Adubação mineral de plantio: aplicar, pelo menos 10 dias antes do plantio das mudas, 40kg/ha de N, 160 a 360kg/ha de P2O5, 80 a 160kg/ha de K2O e 1kg/ha de B. A quantidade, maior ou menor, de adubo a ser utilizada depender das análises de solo e foliar, cultivar empregado e produtividade esperada.(ou 200gr da formula 4-14-8 por metro de canteiro)

Adubação mineral de cobertura: 120kg/ha de N e 60kg/ha de K2O, parcelados em três aplicações, aos 15, 30 e 45 dias após o transplante à medida que vão sendo feitos os cortes, deve-se repetir a adubação de cobertura, parcelando-a em duas vezes: na época do corte e 15 dias após.

Irrigação: pode ser feita por infiltração ou aspersão, o suficiente, porém, para proporcionar bom desenvolvimento(molhar sempre a tardinha ou de manhã).

Tratos culturais: manter a cultura livre de plantas invasoras pois, além da concorrência, a cebolinha perde valor comercial quando cortada juntamente com mato. Fazer escarificações sempre que houver formação de crosta na superfície do canteiro.

Principais pragas: lagarta-rosca, cigarrinhas, pulgões, tripes, minador da folha, ácaros e cochonilhas(contolar com extrato de nim e infusão de fumo da roça no alcool, cuja receita acha-se no blog "I LOVE CAFÉ".

Principais doenças: requeima, mancha de Alternaria, ferrugem, antracnose, mancha púrpurea e míldio, calda viçosa.

Colheita: deve ser feita entre 80 e 90 dias após a semeadura, quando as folhas mais velhas ainda estão verdes, arrancando-se a planta ou cortando-se as folhas(mais correto). Optando-se pelo corte, é possível fazer novas colheitas a cada 50 dias. O corte é feito entre 1,0 a 1,5cm do solo (acima da gema apical).

Produtividade normal: 18.000 a 24.000 maços por hectare (18 a 24 t/ha).(por baixo)

Rotação: hortaliças de outras famílias, milho e leguminosas utilizadas como adubo verde.









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