Uma das maiores raridades no mundo vegetal, estas cebolas "caminham" até 1 metro por ano. Como produzem bulbos no lugar das flores, as folhas caem e formam novas plantas. Uma maravilha da natureza!
Usos: Culinária, ornamental.
Cultivo: Possível em todas as regiões do país. Nos falaram que não era possível cultivar os "walking onions" no Rio de Janeiro, mas nós estamos produzindo a todo vapor!
Nativa: Egito
Família: Alliaceae
A cebola-do-egito ( Allium ×proliferum), que também pode ser conhecida como cebola-andante, cebola-caminhante, cebola-andante-egípcia ou cebola-de-árvore, é um híbrido natural da cebola comum e da cebolinha-verde. Esta planta perene pode atingir de 60 a 120 cm de altura, e produz bulbilhos nas extremidades das hastes florais (escapos) que normalmente têm entre 0,5 cm e 3 cm de diâmetro. Também forma bulbos como a cebola comum, e as folhas e os pseudocaules jovens também podem ser consumidos. Os bulbos e bulbilhos têm um sabor mais forte que o sabor da cebola comum, podendo ser usados da mesma maneira que esta.
A cebola-do-egito é um híbrido natural resultante do cruzamento da cebolinha-verde e da cebola comum
Clima
Pode ser cultivada tanto em clima temperado quanto em clima subtropical ou tropical, embora cresça melhor em temperaturas amenas. Esta planta pode sobreviver a invernos rigorosos, rebrotando quando a temperatura volta a subir na primavera.
Luminosidade
Cultive com iluminação solar direta. Esta planta precisa receber luz solar direta ao menos por algumas horas diariamente.
Além dos bulbilhos, o bulbo da cebola-do-egito, o pseudocaule e as folhas também podem ser consumidos
Solo
Esta planta é bastante tolerante quanto ao solo, mas o ideal é que seja bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica, com pH entre 6 e 7.
Irrigação
Irrigue com a frequência necessária para que o solo seja mantido úmido, mas sem que fique encharcado.
A cebola-do-egito não produz sementes viáveis. Os bulbilhos que se formam no lugar das flores podem ser usados para propagar as plantas
Plantio
A cebola-do-egito ou cebola-andante não produz sementes viáveis, assim a propagação é realizada com o plantio dos bulbilhos ou pela divisão das touceiras.
Os bulbilhos podem ser plantados a cerca de 2 cm de profundidade, em qualquer época do ano em regiões onde o inverno é ameno. Em regiões de inverno rigoroso, o plantio pode ser feito na primavera ou no verão.
As touceiras de plantas mais desenvolvidas também podem ser divididas, com a separação dos rebentos laterais para o plantio.
O espaçamento pode ser de 25 cm ou mais entre as linhas de plantio, e 15 a 25 cm entre as plantas.
Tratos culturais
Retire as plantas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.
A cebola-do-egito é uma planta perene e pode produzir por muitos anos sem necessidade de replantio. Entretanto, com o passar dos anos pode necessário diminuir a densidade de plantas por área e dividir as touceiras para melhorar a produtividade.
As hastes florais se curvam com o peso dos bulbilhos, permitindo que cheguem ao solo, desta forma propagando a planta naturalmente. É graças a esta característica que esta planta recebe os nomes populares de cebola-andante ou cebola-caminhante. Caso não se deseje que as plantas se espalhem, todos os bulbilhos devem ser colhidos.
Os bulbilhos da cebola-do-egito têm um sabor bastante forte, sendo especialmente adequados para conservas
Colheita
A cebola-do-egito ou cebola-andante geralmente não produz hastes florais e bulbilhos no primeiro ano de plantio, embora seja possível colher o bulbo que se desenvolve na base da planta, arrancando a planta inteira.
Os bulbilhos são colhidos no verão ou no outono, dependendo do cultivar e das condições locais de cultivo. Eles devem ser colhidos antes que comecem a brotar para serem armazenados. Muitas vezes os bulbilhos começam a brotar antes mesmo da haste se curvar e chegarem ao solo.
As folhas podem ser colhidas e usadas como as folhas das cebolinhas. No entanto, a colheita regular das folhas diminui a produção de bulbilhos.
Como seu nome científico "Allium" proliferum estados, essas cebolas pequenas são muito resistentes "prolífico". Depois de plantá-las em seu jardim, você terá cebolas a cada ano para os próximos anos! Cebolas para passeios a pé egípcios também são chamados de "Árvore Cebolas, egípcias Árvore Cebola, Cebola, Cebola Top de Inverno, ou perene Cebolas."
O levístico (Levisticum officinale) é uma planta perene semelhante ao aipo ou salsão, e que pode atingir mais de dois metros de altura. A planta inteira pode ser utilizada na alimentação, sendo as folhas consumidas cruas ou cozidas como o aipo, ou usadas como tempero, podendo ser usadas no lugar da salsa ou salsinha, embora seu sabor seja mais forte. As sementes (na verdade frutos secos contendo as sementes) são parecidas com as sementes do funcho e do cominho, e podem ser usadas em pães, doces, biscoitos e como especiaria. Já as raízes têm um sabor muito forte, mas também podem ser consumidas cruas ou cozidas, e quando secas e raladas podem ser usadas como condimento. Esta planta também é utilizada para diversos fins medicinais.
O levístico pode chegar a ultrapassar 2 metros de altura
Clima
O levístico é uma planta que cresce melhor com temperaturas variando entre 15°C e 30°C, mas também pode ser cultivada em climas mais frios, onde a parte aérea da planta morre no inverno e renasce na primavera. Esta planta pode suportar geadas leves.
Luminosidade
Esta planta pode ser cultivada sob luz solar direta ou em sombra parcial.
A floração do levístico se dá em umbelas como em outras plantas de sua família, tais como o funcho ou a cenoura
Plantio
O levístico pode ser cultivado a partir de sementes ou por divisão de plantas bem desenvolvidas. As sementes, que não permanecem viáveis por muito tempo, podem ser semeadas diretamente no local definitivo ou podem ser semeadas em sementeiras, pequenos vasos ou copinhos feitos de papel jornal com aproximadamente 10 cm de altura e 5 cm de diâmetro, mas a não mais do que 5 mm de profundidade. As mudas de levístico podem ser transplantadas quando estiverem grandes o bastante para serem manuseadas. A germinação das sementes pode levar de uma a quatro semanas.
O espaçamento entre as plantas geralmente pode ser de 60 cm a 75 cm.
Tratos culturais
Retire plantas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.
Em contato com a pele, a seiva da planta pode provocar fitofotodermatose em algumas pessoas, assim use luvas para proteger as mãos quando estiver manuseando ou cortando a planta, principalmente em dias ensolarados.
O levístico pode ser cultivado a partir de sementes ou pela divisão de plantas bem desenvolvidas
Colheita
Uma leve colheita de folhas pode ser feita no primeiro ano em hortas domésticas, mas o ideal é que a colheita seja feita apenas a partir do segundo ano de plantio, quando as plantas se encontram melhor desenvolvidas. As folhas são geralmente usadas frescas, mas também podem ser deixadas para secar em local bem ventilado, em seguida podendo ser armazenadas para uso como condimento.
Os frutos ou sementes podem ser colhidos quando estão ficando amarronzados. Corte as umbelas e deixe-as terminar de secar sobre um pano ou sobre um recipiente de tamanho adequado, para facilitar a coleta das sementes (frutos secos) que se desprenderem.
As plantas se tornam lenhosas a partir do quarto ano de vida e devem então ser renovadas. Aproveitando que as plantas precisam ser arrancadas, faz-se a colheita das raízes. Pedaços das plantas contendo raízes e rebentos podem ser usados para propagar o levístico e renovar a plantação.
A colheita das folhas do levístico geralmente começa no segundo ano
LEVÍSTICO
Levisticum officinale
Descrição : Plana da família das Apiaceae. Também conhecida como levítico, erva-maggi, folhas de Ligústica. Pertencente ao mesmo grupo da família de endro, da angélica e da salsa, o levístico é uma planta perene. Cresce até 60 centímetro de altura. Os talos verdes são ocos e as folhas, compostas e bem divididas. Sua flores amarelas são bonitas, mais log se transformam em castanhas, curvas e elípticas, com nervuras aladas. O levístico foi estudado nos jardins da Plymounth Platation. , onde existe uma restauração de uma vila colonial aberta a visitação pública.
Parte utilizada: Folhas, flores, raízes.
Habitat: Nativa da Europa.
História: Tem sido usada por mais de 500 anos, principalmente por seus efeitos sobre o sistema gastrintestinal; Uso atual em vários chás comerciais e temperos industriais.
Plantio e cultivo : Cresce bem quando é plantado em sementes, mas a cada primavera a erva mãe se enche de rebentos saudáveis, que podem ser transplantados para um solo rico, em local que pegue menos maio dia de sol direto. As folhas tenras devem estar preparadas para o corte no fim de hinho ou na primeira semana de julho. As folhas e os talos picados dão sabor e textura às batatas e à salada de frango. Pode ser apreciado até o fim da estação, quando as folhas verdes-amareladas, devem ser aparadas a algum centímetros do solo. Uma boa prática é cortar os galhos em volta d abase de cada lanta para formar uma camada de matéria orgânica para o inverno.
Origem : Seu nome ciêntifico pode ser traduzido como Ligúria, uma referência ao seu local de origem, Os romanos, que reconheciam uma coisa boa quando o viam, levaram o levístico da costa italiana para a Inglaterra.
Princípios Ativos: Óleo essencial: lactonas fitálicas - 3-butilfitãideis e tranas-butildenefitálido e trans-ligustilido, sernciunolideo e angeolideo (responsáveis pelo seu aroma e sabor característicos); Látex amarelo; Resina balsâmica; Mucilagem; Proteína; Amido; Ácidos mállco, angélico; Terpineol; Furocumarina; Açúcares; Ésteres de ácidos orgânicos; taninos; Vitamina C; outros compostos: canfeno, bergapteno, psoraleno. ácido cafeico e benzóico.
Propriedades medicinais: Afrodisíaca, diurética potente, emenagoga, anestésica, antilítica, cicatrizante, colagoga, colerética, estomáquica, expectorante, tônica, Na américa colonial era usada contra a icterícia e limpar tumores. Nos países escandinavos, o levístico é usado atualemnte como produto para a pele. Lava-se o rosto com água de levístico para limpar, refrescar e dar vigor à cutis. Mistirado com arrudo e usado no tratamento da acne. Nicholas Culpepper, o temido médico astrólogo de Spitafields, declarou : "Ela tira a vermelhidão e a obscuridade dos olhos, pingando neles algumas gotas; removen manchas e sardas dos rosto."
Indicações: Afecção do peito, albuminuria, amenorreia, baço, cálculo renal, catarro, cistite, dispepsia, doença esclerotizante, dor da gota e do reumatismo, dor de cabeça por insuficiência renal, estômago, ferida, fígado, hidropsia do coração, inchaço edematoso nos pés, menostase, nefropatia, obstrução mucosa dos órgãos respiratórios, perturbação cardíaca ligada a problema gástrico e intestinal, suor mal cheiroso por insuficiência renal, supuração.
Uso pediátrico: As mesmas indicações possíveis.
Uso na gestação e na lactação: contraindicada.
Contraindicações: Gestação, lactação e disfunções ou inflamação renal aguda.
Posologia: Folhas e flores como picles, em marinadas, sopas, caldos: Matéria prima para fabricação de caldos industriais Infuso da planta em banhos para fortalecer os órgãos abdominais; Raízes em pó usadas como condimento ou no preparo de decocto leve, 1 ,5g para cada xícara de água ou 3g de raízes frescas.
Interação medicamentosa: Potencializa o efeito de anticoagulantes.
Efeitos colaterais: Hipertensivo: Pode causar dermatite de contato e fotossensibilização.
Precauções: Pode aumentar o tempo da protrombina
Farmacologia: Embora o chá de levítico seja usado no herbalismo tradicional por seus efeitos sobre o sistema gastrintestinal há pouca documentação sobre indicações: Geralmente os óleos voláteis, incluindo os do levístico. induzem a uma hiperemia do aparelho digestivo levando a um efeito carminatlvo e reduzindo a formação de gases; E provável que o levístico aja através desses mecanismos comuns, aumentando a produção de saliva e sucos gástricos; Não há relatos de estudos clínicos com cobaias ou humanos; O levístico também é usado para dissolver o muco do trato respiratório; DOIs de seus constituintes, butilfitálidos e L ligustilidomo. straram.ação espasm.O.lítica. Eles foram descritos como sedativos em ratos e as furocumannas foram associadas com a reação fotoxica após ingestão e/ou contato; Os extratos de levístlco administrados aparentemente exerceram efeito diurético em coelhos. Esse efeito deve-se, presumivelmente, a uma irritação dos túbulos renais pelo óleo essencial.
Modo de usar: - decocção, misturada ao banho: fortalecer os órgãos abdominais. - emplastro: curar feridas que não conseguem cicatrizar e em aplicado em supurações. - flores como picles, em pratos marinados. - fabricação de caldos de carne industriais. - sopas, ensopados.
Descrição:Planta herbácea vivaz que se cultiva como anual, o Agerato atinge alturas de 20 a 50 cm. O caule é redondo e muito ramificado. As folhas são persistentes, de cor verde, opostas, simples, ovadas a cordiformes, com nervuras fortemente marcadas e dentadas nas margens. As flores de Agerato são plumosas, agrupadas em cachos achatados e felpudos com cerca de 5-10 cm, de cor azul.
Crescimento: Rápido.
Sementeira: No local definitivo em Abril-Maio ou em estufa ou estufim em Fevereiro –Março. As sementes necessitam de luz para germinar pelo que não devem ser cobertas.
Transplantação:Abril-Maio. A distância de plantação é de 30 cm.
Luz: Sol e meia-sombra.
Solos:Muito permeáveis, húmidos e férteis.
Temperatura: Climas temperados a quentes.
Rega:Regular mas sem encharcar.
Adubação: Durante inicio do crescimento e floração. Adubo 5:10:5.
Pragas e doenças: Aranhiço vermelho, mosca branca.
Multiplicação: O Agerato propaga-se por semente.
Aplicação:Canteiros, bordaduras, vasos e para corte.
Dicas:Cortar as flores velhas para prolongar a floração.
Camomila é um nome dado a diversas plantas que possuem flores parecidas com pequenas margaridas. As duas espécies de camomila mais cultivadas são a camomila alemã (Matricaria chamomilla, também denominada Matricaria recutita) e a camomila romana (Chamaemelum nobile ou Anthemis nobilis). Ambas são chamadas de verdadeira camomila e falsa camomila, variando qual é conhecida como verdadeira e qual é conhecida como a falsa de acordo com a região. As flores (na realidade são capítulos florais, que contêm muitas pequenas flores) de ambas as espécies são usadas para diversos fins medicinais e para fazer chá. As flores ou seus óleos essenciais são usados na preparação de algumas bebidas alcóolicas (licores, vinhos e cervejas), doces (balas, gomas de mascar, sorvetes, etc.) e em vários produtos de higiene e beleza (shampoos, sabonetes, pastas de dente, etc.). Ambas também são cultivadas como plantas ornamentais em jardins.
A camomila alemã é a mais cultivada, sendo a mais apreciada como chá por seu sabor ser mais doce que o sabor da camomila romana, que é mais amarga.
Diferenças entre a camomila alemã e a camomila romana
A camomila alemã pode chegar a atingir 1 m de altura, sendo mais ereta que a camomila romana, que apresenta um hábito mais rastejante, atingindo cerca de 25 cm de altura. Os folíolos (segmentos das folhas) da camomila romana são mais achatados e mais espessos que os da camomila alemã, e suas inflorescências são solitárias e terminais, ao passo que as inflorescências da camomila alemã surgem em cachos (corimbos). Além disso, o receptáculo da inflorescência da camomila alemã é geralmente oco enquanto o receptáculo da inflorescência da camomila romana é sólido.
Camomila alemã
Camomila romana
Clima
A camomila cresce melhor em clima ameno, com temperaturas abaixo de 20°C. Embora possa ser cultivada em temperaturas mais altas, a planta tende a florescer precocemente nestas condições, especialmente se houver baixa umidade.
Luminosidade
O ideal é cultivar com luz solar direta, mas também tolera sombra parcial, desde que haja uma boa luminosidade.
A camomila cresce melhor em clima ameno
Solo
Cultive preferencialmente em solo bem drenado, leve, fértil, rico em matéria orgânica, com pH entre 6 e 6,8. No entanto, esta planta pode crescer bem em diversos tipos de solo, incluindo solos pouco férteis, desde que não sejam muito ácidos.
Irrigação
Irrigue de forma a manter o solo úmido, mas sem que permaneça encharcado.
Mudas de camomila
Plantio
A camomila alemã é propagada a partir de sementes. A camomila romana pode ser propagada por sementes ou por divisão de plantas bem desenvolvidas.
As sementes podem ser semeadas no local definitivo ou em sementeiras e módulos, transplantando as mudas quando estas têm de 2,5 a 5 cm de altura. Semeie a uma profundidade máxima de 0,5 cm, ou apenas pressione levemente as sementes no solo. A germinação leva normalmente uma ou duas semanas.
O espaçamento pode ser de 30 a 45 cm entre as plantas. Ambas as espécies também podem ser cultivadas em vasos e jardineiras grandes.
Tratos culturais
Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por recursos e nutrientes, principalmente no início do cultivo.
Inflorescências da camomila alemã
As inflorescências da camomila romana são terminais e solitárias, isto é, não surgem em cachos como as inflorescências da camomila alemã
Colheita
A colheita geralmente ocorre 3 ou 4 meses após o plantio. As inflorescências devem ser colhidas assim que abrirem completamente. Flores mais velhas, que estão escurecendo ou estão com as pétalas brancas (lígulas) voltadas para baixo, têm menos sabor e aroma. As inflorescências colhidas devem ser secas para poderem ser armazenas. Colha as flores sem as hastes e deixe-as por vários dias em local seco e bem ventilado, até ficarem completamente secas.
O plantio de camomila por aqui, no entanto, ainda é pequeno. A principal região produtora está localizada no entorno das cidades paranaenses de Mandirituba e São José dos Pinhais, onde mudas foram introduzidas por imigrantes poloneses e italianos. Naquela região, são manejados de 500 a 700 hectares por uma média de 80 a 100 agricultores, que produzem entre 450 e 500 quilos de flores secas por hectare.
O pequeno número de produtores no país restringe a disponibilidade de sementes selecionadas no mercado, dificultando a expansão do cultivo. A escassez da matéria-prima traz uma oportunidade para quem planeja fazer da atividade uma fonte de renda, inclusive com a produção de sementes.
Da camomila pode-se fazer chá calmante e digestivo com benefícios para consumidores de todas as idades. Seu efeito contribui para aliviar desde cólicas em bebês até o estresse provocado nas pessoas pela vida agitada. Ainda contém propriedades que fornecem ação anti-inflamatória e antisséptica. O chá também serve para realçar o tom dourado de cabelos louros. Em compressas, suaviza olheiras e inchaço dos olhos. Na indústria de cosméticos, o óleo essencial da camomila, chamado azuleno, é ingrediente ativo de vários produtos.
Composta de miúdas e levemente perfumadas flores de cor branca com miolo amarelo, a camomila pode ser usada como ornamentação. Semelhantes a margaridas em miniaturas, enfeita ambientes quando dispotas em canteiros ou vasos. Planta anual herbácea e muito ramificada, a camomila pode alcançar até 60 centímetros de altura. Embora seja resistente a pragas e doenças, necessita de cuidados no plantio. A gradagem pré-semeadura, por exemplo, ajuda a controlar a incidência de ervas invasoras na área do cultivo.
O cultivo de hortaliças em pequena escala é geralmente uma atividade múltipla de produção agrícola, exercida com pouco uso de tecnologia e sem orientação profissional, obtendo-se baixos índices de produtividade e a baixa qualidade dos produtos.
A cultura da batata-doce é um exemplo dessa situação pois, ao longo do tempo, tem sido cultivada de forma empírica pelas famílias rurais, em conjunto com diversas outras culturas, visando a alimentação da família, principalmente na primeira refeição diária, utilizada na forma de raízes cozidas, assadas ou fritas. Com o crescente êxodo rural, grande parte do consumo de batata-doce foi substituído pelo pão e por hortaliças de mais fácil preparo e de maior atratividade, como batata, cenoura e tomate, que eram anteriormente pouco consumidas pela família rural, por serem de difícil cultivo em hortas domésticas.
A produção brasileira teve um forte declínio nas últimas décadas (Figuras 1 e 2). Por outro lado, percebe-se que o índice de produtividade tem sido crescente nos últimos anos, revelando que o sistema de produção tem sofrido mudanças que indicam uma evolução do nível tecnológico, embora muitas tecnologias disponíveis ainda sejam raramente aplicadas nessa cultura. Apesar da grande decadência, verifica-se pelos dados estatísticos, que a batata-doce ainda detém o 6° lugar entre as hortaliças mais plantadas no Brasil, correspondendo a [1] uma produção anual de 500.000 toneladas, obtidas em uma área estimada de 48.000 hectares (Quadro 1).
A batata-doce é cultivada em 111 países, sendo que aproximadamente 90% da produção é obtida na Ásia, apenas 5% na África e 5% no restante do mundo. Apenas 2% da produção estão em países industrializados como os Estados Unidos e Japão. A China é o país que mais produz, com 100 milhões de toneladas (Woolfe, 1992; FAO, 2001)
A batata-doce é cultivada em regiões, localizadas desde a latitude de 42 ºN até 35 ºS, desde o nível do mar até 3000 m de altitude. É cultivada em locais de climas diversos como o das Cordilheiras dos Andes; em regiões de clima tropical, como o da Amazônia; temperado, como no do Rio Grande do Sul e até desértico, como o da costa do Pacífico.
A cultura adapta-se melhor em áreas tropicais onde vive a maior proporção de populações pobres. Nessas regiões, além de constituir alimento humano de bom conteúdo nutricional, principalmente como fonte de energia e de proteínas, a batata-doce tem grande importância na alimentação animal e na produção industrial de farinha, amido e álcool. É considerada uma cultura rústica, pois apresenta grande resistência a pragas, pouca resposta à aplicação de fertilizantes, e cresce em solos pobres e degradados.
Comparada com culturas como arroz, banana, milho e sorgo, a batata-doce é mais eficiente em quantidade de energia líquida produzida por unidade de área e por unidade de tempo. Isso ocorre porque produz grande volume de raízes em um ciclo relativamente curto, a um custo baixo, durante o ano inteiro. Em termos de volume de produção mundial, a cultura ocupa o sétimo lugar, mas é a décima quinta em valor da produção, o que indica ser universalmente uma cultura de baixo custo de produção.
No Brasil, o investimento na cultura de batata-doce é muito baixo, e o principal argumento contrário ao investimento em tecnologia é que a lucratividade da cultura é baixa. Isso decorre do pequeno volume individual de produção, ou seja, os produtores ainda tendem a cultivar a batata-doce como cultura marginal, com o raciocínio de que, gastando-se o mínimo, qualquer que seja a produção da cultura constitui um ganho extra. Dessa forma, é obtido um produto de baixa qualidade e sofre restrições na comercialização, tanto por parte dos atacadistas, que tendem a reduzir o preço, quanto por parte do consumidor, que refuga parte do produto exposto à venda.
Ao se comparar os custos de produção e os índices de produtividade, percebe-se que uma questão básica é a falta de determinação, por parte do produtor, em pesquisar mercados e descobrir oportunidades de estabelecer compromissos de produção com alta qualidade, para ter um canal seguro de comercialização, com possível regularidade de uma produção programada.
A produtividade média brasileira é menor que 10 t/ha (500 caixas/ha), enquanto que, utilizando-se apenas cerca de R$3400/ha ou US$1300, que é o custo médio para adotar um sistema tecnológico acessível a qualquer nível de produtor, obtém-se a produtividade de 22 t/ha (1.100 caixas/ha). Considerando o preço médio de R$9,50 por caixa, estima-se o retorno do triplo do capital investido em quatro ou cinco meses, o que raramente se obtém em outra atividade produtiva. Além do bom nível de retorno econômico, o uso da tecnologia resulta na melhoria substancial da qualidade do produto, melhorando a sua aceitação e aumentando o poder de barganha no momento da comercialização.
No Brasil, a batata-doce é cultiva em todas as regiões. Embora bem disseminada no país, está mais presente nas regiões Sul e Nordeste, notadamente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco e Paraíba (Quadro 2).
No Nordeste, a cultura assume maior importância social, por se constituir em uma fonte de alimento energético, contendo também importante teor de vitaminas e de proteína, levando-se em conta a grande limitação na disponibilidade de outros alimentos em períodos críticos de estiagem prolongada. Paradoxalmente, é nesta região e no Norte do país, com população mais carente e com melhor clima, que a produtividade é mais baixa
A cultura de batata-doce necessita de cerca de 500 mm de lâmina de água durante o ciclo produtivo para que apresente um índice elevado de produtividade. As raízes de reserva se formam já no início do desenvolvimento da planta, e estas estruturas, além de se constituírem reserva para a própria planta, são unidades de reprodução que emitem novas brotações se a parte aérea da planta for eliminada ou se ressecar pela deficiência hídrica prolongada. Nesse caso, o ciclo cultural se prolonga, mas raramente ocorre perda total da lavoura, como é comum ocorrer com outras espécies, nessas condições.
Além da resistência à seca, a cultura apresenta as seguintes características:
É de fácil cultivo – Embora existam diversas técnicas aplicadas desde o preparo do solo até o processamento pós-colheita, a cultura pode ser conduzida de forma rudimentar, sem utilização de fertilizantes, agrotóxicos ou irrigação.
Tem baixo custo de produção – Ao se comparar com diversas outras hortaliças, a batata-doce demanda menos fertilizantes, irrigação e mão-de-obra, o que resulta em baixo custo relativo de produção.
Permite colheita prolongada – A parte comercial se constitui de raízes de reserva que se formam ao longo do ciclo da planta, sem apresentar um momento específico de colheita, tratando-se portanto de uma planta de ciclo perene. Assim sendo, a colheita pode ser parcelada, antecipada, ou retardada, de acordo com a conveniência do produtor, levando-se em conta porém, que a antecipação corresponde à produção de raízes de menor tamanho e que o retardamento implica em maior incidência de pragas, além da formação de raízes acima dos padrões comerciais.
Apresenta resistência a pragas e doenças – O fato da batata-doce ter sido uma das hortaliças mais cultivadas em períodos quando não se utilizavam agrotóxicos, é um comprovante de sua resistência natural a pragas e doenças. Esta característica foi comprovada por Müller e Börger – 1940, citado por Woolfe (1992), que descobriu que a presença de fitoalexinas, extraída pela primeira vez nesta planta, funcionavam como antibióticos naturais. Quando as raízes são danificadas por fungos patogênicos, tais como Ceratocystis fimbriata (Clark & Moyer, 1988) ou Fusarium solani (Wilson, 1973) ou então invadidas por brocas como Euscepes postfasciatus (Uritani et al. 1975), a planta reage ao ataque, produzindo uma variedade de sesquiterpenos que tornam o tecido vegetal amargo e com odor forte (Schneider et al., 1984).
É mecanizável – A horticultura é uma atividade que geralmente consome grande quantidade de mão-de-obra, o que favorece a fixação do homem no campo. Entretanto, o uso de serviços mecanizados reduz o custo de produção e aumenta a possibilidade de lucro para o produtor. Nesse sentido a cultura da batata-doce tem a vantagem de ser adaptada a ambos sistemas de produção, podendo ter diversas etapas mecanizadas, especialmente o plantio e a colheita.
É protetora do solo – A cultura é instalada em camalhões ou leiras que devem ser construídas em nível, formando um eficiente sistema de controle da erosão, podendo portanto ocupar áreas marginais e de topografia acidentada. A planta apresenta ainda um crescimento rápido, cobrindo completamente o solo a partir de aproximadamente 45 dias do plantio.
A despeito dessas características, a cultura apresenta uma série de desvantagens ou barreiras:
É de difícil preparo para a culinária – As hortaliças são geralmente preparadas em curto tempo, sendo diversas delas simplesmente picadas ou raladas. A batata-doce entretanto, necessita ser descascada, picada e cozida, exigindo esforço e tempo que nem todo consumidor moderno está disposto a despender..
Tem aparência ruim – Por se tratar de uma raiz tuberosa, o crescimento das mesmas é afetado pela presença de torrões, pedras e fendas do solo, formando um produto tortuoso. O ataque de larvas de insetos, mesmo que não danifiquem severamente as batatas, formam orifícios e galerias superficiais que depreciam a sua aparência. Além disso, as variedades cultivadas apresentam altos teores de produtos fenólicos que, embora úteis por aumentar a resistência a pragas, causam o escurecimento da polpa quando exposta ao ar, constituindo alimentos menos atrativos.
Forma manchas – A planta da batata-doce produz látex que se fixa facilmente na pele e em tecidos, formando manchas de difícil remoção.
Causa “pesadez” e forma gases – A batata-doce possui um inibidor da digestão que reduz a ação de enzimas digestivas como a tripsina e quimotripsina (Ryan, 1981). O prolongamento do tempo de digestão favorece a fermentação dos alimentos no trato intestinal, causando flatulência e formação de gases.
É pouco valorizada – A batata-doce tem sido tradicionalmente consumida por famílias de baixa renda, especialmente as do meio rural. Uma constatação disso é que raramente faz parte da pauta de produtos de exportação. Outra constatação é que, embora possa ser utilizada em inúmeras receitas, tanto de doces como de salgados, raramente é citada como ingrediente em livros de receitas.
Uma das conseqüências destes entraves é a restrição na comercialização. O volume de venda nos supermercados e nos atacadistas é relativamente pequeno. Com isso, não se formou, ao longo do tempo, um canal de comercialização e não se conhecem casos de produção programada ou organizada em forma de cooperativas ou associações. O maior volume de vendas ocorre em mercados de periferia, como as feiras e quitandas, que é individualmente pequeno, formando-se então um ciclo vicioso de baixa qualidade do produto, baixo valor pago ao produtor, pouco investimento, baixo nível tecnológico.
origem
A batata-doce, (Ipomoea batatas L. (Lam.)) é originária das Américas Central e do Sul, sendo encontrada desde a Península de Yucatam, no México, até a Colômbia. Relatos de seu uso remontam de mais de dez mil anos, com base em análise de batatas secas encontradas em cavernas localizadas no vale de Chilca Canyon, no Peru e em evidências contidas em escritos arqueológicos encontrados na região ocupada pelos Maias, na América Central.
É uma espécie dicotiledônea pertencente à família botânica Convolvulacae, que agrupa aproximadamente 50 gêneros e mais de 1000 espécies, sendo que dentre elas, somente a batata-doce tem cultivo de expressão econômica. A espécie Ipomoea aquatica também é cultivada como alimento, principalmente na Malásia e na China, sendo as folhas e brotos consumidos como hortaliça.
A planta possui caule herbáceo de hábito prostrado, com ramificações de tamanho, cor e pilosidade variáveis; folhas largas, com formato, cor e recortes variáveis; pecíolo longo; flores hermafroditas mas de fecundação cruzada, devido à sua autoincompatibilidade; frutos do tipo cápsula deiscente com duas, três ou quatro sementes com 6mm de diâmetro e cor castanho-clara. Da fertilização da flor à deiscência do fruto transcorrem seis semanas (Edmond & Ammerman, 1971)
King e Bamford (1937) contaram os cromossomos de 13 espécies de Ipomoea, verificando que 11 delas tinham 30 cromossomos (n=15), uma tinha 60 e somente I. batatas tinha 90 cromossomos. Sendo hexaplóide e autoincompatível, as sementes botânicas constituem uma fonte imensa de combinações genéticas e são utilizadas nos programas de melhoramento para obtenção de novas variedades (Folquer, 1978).
A batata-doce possui dois tipos de raiz: a de reserva ou tuberosa, que constitui a principal parte de interesse comercial, e a raiz absorvente, responsável pela absorção de água e extração de nutrientes do solo. As raízes tuberosas se formam desde o início do desenvolvimento da planta, sendo facilmente identificadas pela maior espessura, pela pouca presença de raízes secundárias e por se originarem dos nós. As raízes absorventes se formam a partir do meristema cambial, tanto nos nós, quanto nos entrenós. São abundantes e altamente ramificadas, o que favorece a absorção de nutrientes (Figura 3) .
As raízes tuberosas, também denominadas de batatas, são identificadas anatomicamente por apresentarem cinco ou seis feixes de vasos, sendo por isso denominadas de hexárquicas, enquanto que as raízes absorventes apresentam cinco feixes ou pentárquicas. As batatas são revestidas por uma pele fina, formada por poucas camadas de células; uma camada de aproximadamente 2 mm denominada de casca e a parte central denominada de polpa ou carne. A pele se destaca facilmente da casca, mas a divisão entre a casca e a polpa nem sempre é nítida e facilmente separável, dependendo da variedade, do estádio vegetativo da planta e do tempo de armazenamento.
As raízes podem apresentar o formato redondo, oblongo, fusiforme ou alongado. Podem conter veias e dobras e possuir pele lisa ou rugosa. Além das características genéticas o formato e a presença de dobras são afetados pela estrutura do solo e pela presença de torrões, pedras e camadas compactadas do solo, justificando-se a preferência por solos arenosos.
Tanto a pele quanto a casca e a polpa podem apresentar coloração variável de roxo, salmão, amarelo, creme ou branco. A escolha depende muito da tradição do local de comercialização, pois há locais que preferem batatas de pele roxa e polpa creme e outros que preferem pele e polpa claras.
A coloração arroxeada é formada pela deposição do pigmento antocianina, que pode se concentrar na pele, na casca ou ainda constituir manchas na polpa. O tecido colorido se torna cinza escuro durante o cozimento, e parte do corante se dissolve na água, causando o escurecimento de outros tecidos expostos. As variedades de polpa roxa e salmão são geralmente utilizadas como ingredientes para mistura com as de polpa de cor clara, na produção de doces e balas.
As raízes tuberosas possuem a capacidade de desenvolver gemas vegetativas que se formam a partir do tecido meristemático localizado na região vascular, quando a raiz é destacada da planta ou quando a parte aérea é removida ou dessecada. Ou seja, a formação das gemas é estimulada quando são eliminados os pontos de crescimento da parte aérea, deixando de atuar o efeito de dominância apical. Com isso, enquanto está em crescimento, as raízes tuberosas não apresentam gemas ou quaisquer outras estruturas diferenciadas na polpa.
A camada de tecido vegetal existente entre o tecido meristemático vascular e a pele é mais estreita nas extremidades da raiz e mais espessa na região central. Por isso, as primeiras gemas e o maior número delas surgem nas extremidades (Figura 4). Como se trata da formação de uma nova estrutura com meristema apical, as gemas que surgem primeiro passam a inibir a formação de novas gemas. O corte da raiz pode aumentar a taxa de produção de brotações, mas não é recomendado por favorecer o apodrecimento, em razão da maior exposição dos tecidos ao ataque de patógenos.
O caule, mais conhecido como rama, pode ser segmentado e utilizado como rama-semente para formação de lavoura. As ramas-semente têm capacidade de emitir raízes em tempo relativamente curto, que pode variar de três a cinco dias, dependendo da temperatura e da idade do tecido (Figura 5). O enraizamento é mais rápido em condições de temperatura elevada e em ramas recentemente formadas, pois as partes mais velhas apresentam um tecido mais rígido, por terem paredes celulares lignificadas e menor número de células meristemáticas, demandando maior tempo para que ocorra o processo de totipotência, que é o fenômeno da reversão de células ordinárias em meristemáticas, que dão origem às gemas vegetativas.