Coccinia grandis , a Ivy Gourd , também conhecido como cabaça escarlate e Kowai , é uma trepadeira tropical . No sudeste da Ásia, é cultivada por suas partes comestíveis, jovens brotos e frutos comestíveis
A sua área de distribuição natural se estende da África para a Ásia, incluindo Índia, Filipinas, Camboja, China, Indonésia, Malásia, Myanmar, Tailândia, Vietname, no leste da Papua Nova Guiné, e os Territórios do Norte, Austrália.
Sementes ou fragmentos da trepadeira podem ser realocados e levar a descendência viável. Isso pode ocorrer quando os seres humanos transportar detritos orgânicos ou equipamentos que contenham C. grandis . Uma vez que a cabaça hera é estabelecida, ela será presumivelmente distribuídos por aves, ratos e outros mamíferos. No Havaí, o fruto pode ser disperso por porcos. dispersão de longa distância é mais comumente realizada por seres humanos devido aos seus usos culinários ou por engano. Considerado muito invasivo e no Estado Noxious Lista Weed Hawaii, cabaça hera pode crescer até quatro polegadas por dia. Ela cresce em cobertores densas, protegendo outras plantas da luz solar e sequestro nutrientes, matando efetivamente vegetação embaixo. Ele foi introduzido ao Havaí como planta de quintal. Às vezes, é tolerado ao longo de cercas de jardim e outras características ao ar livre por causa de suas atraentes flores brancas. Ele escapou para se tornar uma praga vigorosa no Havaí, Flórida, Austrália e Texas.
Descrição botânica
Esta planta é uma trepadeira perene com gavinhas individuais e folhas glabras. As folhas têm 5 lóbulos e são 6,5-8,5 cm de comprimento e 7-8 cm de largura. Flores femininas e masculinas surgem nas axilas no pecíolo, e tem 3 estames.
Valor medicinal
Na medicina tradicional, frutos têm sido utilizados no tratamento da lepra, febre, asma, bronquite, e icterícia. A fruta possui mastócitos -stabilizing, anti anafilático e anti-histamínico potencial. Em Bangladesh, as raízes são usadas para tratar osteoartrite e dores articulares. Um colar feito de folhas é aplicada na pele para tratar a sarna .
Extratos de Ivy gourd e outras formas da planta pode ser comprado on-line e em lojas de alimentos saudáveis. Estes produtos são reivindicados para ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue. Alguns estudos que suporta compostos da planta na inibição da glucose-6-fosfatase . A glucose-6-fosfatase é uma das principais enzimas hepáticas envolvidas na regulação do metabolismo do açúcar. Por conseguinte, é por vezes a Ivy Gourd é recomendado para diabéticos. Embora estas alegações não foram apoiadas, uma boa quantidade de pesquisas sobre as propriedades medicinais desta planta estão se concentrando em seu uso como um antioxidante , agente de antihypoglycemic , modulador do sistema imunitário, etc. [ carece de fontes? Alguns países da Ásia, como Tailândia , preparam bebidas tradicionais tónicas para fins medicinais.
Receitas
A variedade de receitas de toda a fruta, como o ingrediente principal. Eles são melhores quando cozido, e são frequentemente comparadas com melão amargo. A fruta é comumente consumidos na culinária indiana . Pessoas de Indonésia e outros países do Sudeste Asiático também consomem frutas e folhas. Na cozinha tailandesa , é um dos ingredientes da kaeng Khae curry. Cultivo de rashmati em jardins residenciais tem sido incentivada na Tailândia, devido ao facto de ser uma boa fonte de vários micronutrientes , incluindo vitaminas A e C. [ carece de fontes? ]
Na Índia, é comido como um caril , por fritura profunda-lo junto com especiarias, enchendo-o com masala e saltear-lo, ou fervê-la pela primeira vez em uma panela de pressão e depois fritá-lo. Ele também é usado em sambar , uma sopa à base de lentilha vegetal.
Cultivo:
Clima:
Esta hortaliça prospera melhor em clima quente e úmido entre 20 e 30 graus, com pico de produção no verão.
Solo:
solos arenosos e bem drenados com ph entre 6 e 6,5 são os ideais.
Propagação e método de plantio:
Normalmente esta cultura é propagada por estacas as vezes por semente (que chega a demorar até 1 ano) por estacas é muito mais rápido.
As estacas devem estar maduras (lenhosas), devem ter verca de 20 cm de comprimento e 2 cm de diâmetro, devem deixar de 4 a 6 folhas nas estacas e plantadas com 6 cm de profundidade em covas de 40x40x40 cm com 2 a 3 estacas por cova.
Espaçamento:
2 metros entre covas e 2 metros de rua.
Época de plantio:
No inicio da estação chuvosa, a proporção de plantas femininas para masculinas devem ser de 10:1
Como as plantas de Ivy Gourd são perenes, devem ser replantadas a cada 6 anos e devem também serem estaqueadas com moirões a 2 metros de altura, distanciados 20 metros um do outro com 2 fios de arame liso distanciados de 50 cm um do outro de cima para baixo e com o crescimento pode usar fitilhos plásticos, deste usado em estufa para guiar tomate, fazendo o mesmo para guiar a planta até aos arames.
Adubação:
Se optar pelo cultivo orgânico. deve usar por cova 10 lt de composto orgânico mais 200 gr por cova de farinha de osso por cova, fazendo aínda duas aplicações de composto na floração e na frutificação de 5 lt por cova.
Já se optar pela adubação quimica: 200 gr por cova de NPK 4-14-8 no plantio mais 2 lt de composto e em cobertura na floração e na frutificação 50 e 100 gr respectivamente do NPK 10-10-10 por cova.
Poda:
As plantas começam começam a frutificar aos 3 a 4 meses e a colheita prolonga por uns 4 meses e uma vez terminada a frutificação as plantas devem ser podadas a uma altura de 70 cm e novamente aplicados 5 lt de composto por cova ou 100 gr de 10-10-10.
Irrigação:
Após plantio irrigar imediatamente, se não chover repetir a operação semanalmente evitando encharcamento, a melhor forma de irrigação para esta cultura é gotejamento.
Plantas daninhas:
Manter a cultura no limpo, para evitar excessos pode-se usar cobertura morta.
Pragas:
Acultura é bem resistente a pragas, mas as mais comuns são: pulgões, tripses, mosca branca e ácaros caso necessário controle procure um técnico.
A variedade Sulabha é resistente a pragas e doenças.
Colheita:
A colheita é feita com tesourinha de poda para evitar danificar a plantar se for arrancada com a mão.
Rendimento:
Em torno de 15 t hectare
Conclusão:
Nos países onde é cultivada tem ótima aceitação de mercado por suas qualidades nutricionais e medicinal, espero que em pouco tempo seje cultivada no Brasil, onde já existem alguns cultivos.
Erva perene prostrada baixa, até 40 cm, gorda, com folhas cobertas de papilas cristalinas; floração março-novembro
Portugal Continental: introduzida da África do Sul; litoral do Algarve à Estremadura; rochedos do litoral
Açores: introduzida
Madeira: introduzida
A ficha da espécie Mesembryanthemum crystallinum foi actualizada pela última vez em 2011-12-16.
Erva-do-orvalho, barrilha, erva-gelada ou planta-de-gelo
A erva-do-orvalho (Mesembryanthemum crystallinum), também conhecida como barrilha, erva-gelada e planta-de-gelo, é uma pequena erva rasteira que normalmente não ultrapassa os 10 cm de altura. Suas folhas suculentas e seus talos podem ser consumidos crus ou cozidos, e suas sementes também são comestíveis. Contudo, seu aspecto singular faz com que seja mais cultivada como planta ornamental do que como hortaliça, pois esta planta fica coberta com brilhantes células hipertrofiadas que armazenam água, dando a aparência de estarem cobertas de cristais de gelo ou de gotas de orvalho, fato que também explica vários dos nomes atribuídos a esta erva.
Clima
Esta planta não suporta geadas e baixas temperaturas, podendo ser cultivada em regiões de clima quente o ano todo, e nos meses de primavera e verão em regiões onde o inverno apresenta baixas temperaturas.
Luminosidade
Exige luz solar direta pelo menos por algumas horas diariamente.
A erva-do-orvalho ou barrilha geralmente não ultrapassa 10 cm de altura, crescendo rasteira sobre o solo
Solo
Melhor cultivar em solo bem drenado, fértil e rico em matéria orgânica, embora esta planta suporte solos pouco férteis, solos arenosos e até mesmo solos salinos.
Irrigação
Irrigue de forma a manter o solo levemente úmido, sem permitir que fique encharcado. Esta erva é resistente a seca, mas cresce melhor e tem melhor aspecto se não faltar água
Mudas de erva-do-orvalho ou barrilha
Plantio
O plantio pode ser feito com sementes ou com ramos de plantas saudáveis. As sementes podem ser semeadas no local definitivo em regiões quentes ou em sementeiras, pequenos vasos e outros recipientes, sendo depois transplantadas. Em regiões sujeitas a baixas temperaturas, semeie na primavera em local protegido e transplante no fim da primavera ou começo do verão, quando não houver mais perigo de ocorrer geadas. As sementes podem ficar na superfície do solo, cobertas apenas com uma leve camada de solo peneirado.
Ramos de plantas saudáveis e que não estejam florescendo também podem ser utilizados para propagar as plantas. Os ramos podem ser enterrados parcialmente em vasos com solo mantido bem úmido até o enraizamento, quando as mudas são então transplantadas para o local definitivo.
O espaçamento para o cultivo pode ser de 30 entre as linhas de plantio e de 15 a 30 cm entre as plantas. A erva-do-orvalho pode ser cultivada facilmente em vasos e jardineiras.
Tratos culturais
Retire as plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos.
As folhas da erva-do-orvalho, normalmente verdes, vão se tornando avermelhadas no verão, quando há alta incidência de radiação solar
Colheita
A colheita das folhas e talos jovens da erva-do-orvalho ou barrilha pode começar cerca de 30 dias após o plantio, mas isso pode variar com as condições de cultivo. Colha apenas as folhas e talos necessários ou colha todas as folhas e talos jovens. A planta normalmente rebrota rapidamente, de forma que podem ocorrer várias colheitas separadas por algumas semanas. Em regiões quentes, esta planta é perene.
Nas cultivares para consumo de mesa, as características apontadas como essenciais para o mercado atual brasileiro são: a aparência de tubérculo, película lisa e brilhante, formato alongado, gemas superficiais, polpa de cor creme ou amarela e resistência ao esverdeamento. Nas cultivares que se destinam ao processamento industrial, destacam-se como características mais importantes o alto potencial produtivo, tubérculos de formato adequado e com gemas superficiais e teores adequados de matéria seca e açúcares redutores. As cultivares mais plantadas atualmente no Brasil são, em sua grande maioria, oriundas da Europa. Entretanto, a produtividade ainda continua baixa pois estas cultivares foram geneticamente melhoradas sob condições de fotoperíodo longo e baixa pressão de alguns fatores bióticos e abióticos importantes que afetam a cultura no Brasil. Estas cultivares, quando plantadas em condições subtropicais e tropicais do país, apresentam um período vegetativo menor e, por conseguinte, têm uma menor produção de fotossintetizados, resultando em menor produtividade. Este fato é particularmente importante para produção de matéria prima visando processamento na forma de palitos pré-fritos congelados, cujos padrões mínimos requeridos para a indústria são produtividades acima de 40 t/ha e conteúdo de matéria seca superior a 19%.
Considerando que a introdução de cultivares de outros países não é capaz de atender devidamente às demandas da cadeia brasileira da batata, é importante que sejam desenvolvidas cultivares, com as características requeridas pelo mercado fresco de consumo e de processamento industrial.
As principais cultivares desenvolvidas por instituições brasileiras de pesquisa estão descritas abaixo:
Baronesa
Foto: Arione da Silva Pereira.
Figura 1. Cultivar Baronesa.
Lançada em 1955, ‘Baronesa’ foi a mais importante cultivar do melhoramento genético de batata no Brasil, atingindo, por muitos anos, mais de 80% da área plantada no Estado do Rio Grande do Sul. Mesmo que substituída quase totalmente pela cultivar Asterix, ainda ocupa nichos de produção em pequena escala. Esta cultivar possui elevado potencial produtivo e estabilidade de produção mesmo sob níveis moderados de fertilidade.
Derivada de autocruzamento da cultivar alemã Loman, realizado em 1952, ‘Baronesa’ foi desenvolvida pelo programa de Melhoramento Genético de Batata do Instituto Agronômico do Sul – IAS, que precedeu a Embrapa Clima Temperado, Pelotas-RS.
‘Baronesa’ possui ciclo vegetativo médio (100-110 dias), plantas de porte baixo a médio, com hábito de crescimento semiereto. Os tubérculos têm formato oval-alongado, gemas com profundidade média a superficial, película rosa e lisa, e polpa amarela clara. Apresenta suscetibilidade moderada ao esverdeamento. O período de dormência é relativamente curto, mas com forte dominância apical.
Esta cultivar é moderadamente resistente à pinta-preta (Alternaria spp.) e ao virus Y da batata (Potato virusY - PVY); suscetível à requeima (Phytophthora infestans), à murcha-bacteriana (Ralstonia solanacearum) e ao virus do enrolamento da folha da batata (Potato leaf roll virus - PLRV).
Apresenta teor médio de matéria seca, com aptidão de uso múltiplo, preferencialmente ao cozimento para elaboração de salada e outros pratos afins.
BRS Ana
Foto: Arione da Silva Pereira.
Figura 2. Cultivar BRS Ana.
Lançada em 2007, com base na aparência e rendimento de tubérculos, teor de matéria seca e qualidade de fritas à francesa, esta cultivar é de duplo propósito (consumo de mesa e processamento industrial), com alto potencial produtivo e rusticidade. Apresenta menor exigência em fertilizantes que as principais cultivares importadas e moderada tolerância à seca.
Originou-se do cruzamento entre o clone C-1750-15-95 desenvolvido pela Embrapa, e a cultivar holandesa Asterix, realizado em 2000 pelo Programa de Melhoramento Genético de Batata da Embrapa (Clima Temperado, Pelotas, RS; Produtos e Mercado/Escritório de Canoinhas, SC e; Hortaliças, Brasília, DF).
Apresenta ciclo vegetativo tardio (110-120 dias), plantas grandes, com hábito de crescimento ereto. Os tubérculos possuem formato oval, gemas superficiais, película vermelha e levemente áspera, e polpa branca. Apresenta suscetibilidade moderada ao esverdeamento. Possui período de dormência médio, e baixa incidência de distúrbios fisiológicos.
Possui suscetibilidade moderada à requeima e resistência moderada à pinta-preta. Apresenta baixa degenerescência de sementes por viroses, conferida pela resistência moderada ao mosaico (PVY) e enrolamento (PLRV). Tem menores exigências nutricionais e de água que as cultivares mais plantadas, possibilitando reduzir custos e riscos de produção. Para obter-se alta percentagem de tubérculos de valor comercial, recomenda-se que o plantio seja feito com as sementes bem brotadas, que proporcionem cerca de quatro hastes por planta.
O teor de matéria seca é médio a alto, sendo apta ao cozimento; no entanto, é mais adequada para fritura à francesa. Face ao formato e tamanho dos tubérculos, esta cultivar tem possibilidades de uso no processamento industrial na forma de palitos pré-fritos congelados e fécula, e também para a fabricação de batata palha.
BRS Eliza
Foto: Arione da Silva Pereira.
Figura 3. Cultivar BRS Eliza.
Lançada em 2002, foi derivada do cruzamento entre as cultivares holandesas Edzina e Recent, efetuado em 1979, pelo programa de Melhoramento Genético de Batata da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS.
Apresenta período de dormência médio e ciclo vegetativo médio (100-110 dias), plantas de porte médio e hábito de crescimento ereto. Os tubérculos têm formato oval, película amarela e lisa, polpa amarela clara e gemas superficiais. Apresenta baixa suscetibilidade ao esverdeamento.
Possui elevado potencial produtivo, com tubérculos de boa aparência, e resistência à requeima e à pinta-preta e exigência relativamente baixa em adubação, o que possibilita a sua utilização tanto em sistema de produção convencional quanto orgânico.
Apresenta suscetibilidade ao mosaico (PVY) e ao enrolamento (PLRV), bem como à canela-preta (Pectobacterium spp.).
Possui baixo teor de matéria seca, com aptidão culinária ao cozimento para elaboração de purê e de pratos afins.
Cristal
Foto: Arione da Silva Pereira.
Figura 4. Cultivar Cristal.
Lançada em 1996, foi originada do cruzamento efetuado em 1964 entre os clones CRI-420-12-60 e CRI-368-8-60, ambos desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisa e Experimentação Agropecuária do Sul - IPEAS. Foi obtida pelo programa de Melhoramento Genético de Batata da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS.
Apresenta ciclo vegetativo médio (100 dias), plantas com tamanho pequeno-médio e hábito de crescimento ereto. Os tubérculos possuem formato oval-alongado; película amarela, um pouco áspera, gemas superficiais e polpa amarela intensa. Apresenta suscetibilidade moderada ao esverdeamento e período de dormência médio.
Tem moderado potencial produtivo de tubérculos de boa aparência, com plantas com bom nível de resistência à requeima e pinta-preta, que lhe confere potencial de utilização em sistemas de produção orgânicos. Possui bom nível de resistência ao mosaico (PVY) e suscetibilidade ao enrolamento (PLRV).
O teor de matéria seca é médio-alto, com aptidão de múltiplo uso culinário, tanto para fritura na forma de palitos e cozimento para elaboração de salada, purê e pratos afins.
EPAGRI 361 – Catucha
Foto: Arione da Silva Pereira.
Figura 5. Cultivar EPAGRI 361 - Catucha.
Lançada em 1995, esta cultivar originou-se de cruzamento efetuado em 1979 entre dois clones desenvolvidos pelo IPEAS/Embrapa, CRI-1149-1-78 e C-999-263-70. O obtentor é o Programa de Melhoramento Genético de Batata da EPAGRI, em parceria com o Programa de Melhoramento da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS.
Com ciclo vegetativo médio (100 dias), ‘Catucha’ apresenta plantas de tamanho médio, com hábito de crescimento semiereto a ereto, e hastes vigorosas, que rapidamente cobrem o solo. Os tubérculos possuem formato oval-alongado, película amarela, um pouco áspera, gemas superficiais e polpa amarela clara. Apresenta suscetibilidade moderada ao esverdeamento e período de dormência médio.
Possui alto potencial produtivo, atingindo boa produtividade mesmo sob níveis moderados de adubação.
Possui alto nível de resistência de campo à requeima e moderada resistência à pinta-preta, características que a tornam apta ao cultivo orgânico. É suscetível ao mosaico (PVY) e ao enrolamento (PLRV).
Apresenta alto teor de matéria seca, com aptidão a múltiplos usos, mas preferencialmente para fritura.
BRS Clara
Foto: Arione da Silva Pereira.
Figura 6. Cultivar BRS Clara.
‘BRS Clara’, lançada em 2010, foi desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético de Batata da Embrapa (Clima Temperado, Pelotas, RS; Produtos e Mercado/ Escritório de Canoinhas, SC e; Hortaliças, Brasília, DF). Originou-se do cruzamento entre a cultivar húngara White Lady e a cultivar Catucha, efetuado em 2000. Destaca-se pela facilidade de manejo de brotação e do controle da requeima.
O ciclo vegetativo é médio (100 a 105 dias), apresenta plantas de tamanho médio e hastes medianamente vigorosas, com hábito de crescimento semiereto e com enrolamento fisiológico característico das folhas. Os tubérculos possuem formato oval-alongado, gemas superficiais, película amarela e lisa e polpa creme. Apresenta suscetibilidade moderada ao esverdeamento. A dormência de tubérculos é médio-curta.
Apresenta elevado potencial produtivo, com alta percentagem de tubérculos graúdos. Tem resistência alta à requeima e moderada à pinta-preta. É suscetível ao mosaico (PVY) e ao enrolamento (PLRV).
O ponto ideal de colheita deve ser definido visando um equilíbrio entre o máximo rendimento e a qualidade da película, pois quando este ponto é ultrapassado, os tubérculos podem apresentar película levemente áspera e fosca. Da mesma forma, na época mais quente, deve ser colhida assim que a película estiver firme e comercializada imediatamente após a colheita, para não haver perda de qualidade da pele.
Os tubérculos têm teor médio de matéria seca, apresentando textura firme na cocção, com uso preferencial para a preparação de saladas e outros pratos afins.
Macaca
Foto: Arione da Silva Pereira.
Figura 7. Cultivar Macaca.
Presumivelmente originada do programa de melhoramento genético do IPEAS, que precedeu a Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, provavelmente a partir de escape de clones. Também chamada de Macaquinha, Rosa Redonda e Rosa Maçã, passou por limpeza clonal nos laboratórios da Embrapa Clima Temperado, e foi caracterizada e registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
O ciclo vegetativo é curto (menor que 90 dias), apresenta plantas de tamanho pequeno e hastes pouco vigorosas, com hábito de crescimento prostrado. Os tubérculos possuem formato oval-curto e achatado, película vermelha intensa e áspera, polpa branca e gemas superficiais. Apresenta suscetibilidade moderada ao esverdeamento. A dormência de tubérculos é curta, sem dominância apical.
O potencial produtivo é médio e instável, apresentando suscetibilidade à pinta-preta, alta resistência ao mosaico (PVY) e alta suscetibilidade ao enrolamento (PLRV).
Apresenta teor de matéria seca médio-baixo, esfarelando-se na cocção, sendo recomendada para a preparação principalmente de purê, bem como também refogada e frita inteira.
BRSIPR Bel
Foto: Antonio César Bortoletto.
Figura 8. Cultivar BRSIPR Bel.
‘BRSIPR Bel’ foi lançada em 2012, desenvolvida na cooperação entre o Programa de Melhoramento Genético de Batata da Embrapa (Clima Temperado, Pelotas-RS; Produtos e Mercado/ Escritório de Canoinhas-SC e; e Hortaliças, Brasília-DF) e o Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR. Originou-se do cruzamento entre a cultivar húngara Rioja e o clone C-1740-11-95 desenvolvido pelo programa de melhoramento da Embrapa, efetuado em 2001.
Seu ciclo vegetativo é médio (110 dias), apresenta plantas de tamanho médio e hastes moderadamente vigorosas, com hábito de crescimento semiereto, com bom aspecto vegetativo. Os tubérculos possuem formato oval, película amarela e pouco áspera, polpa creme e gemas superficiais. Apresenta alta suscetibilidade ao esverdeamento. A dormência dos tubérculos é relativamente longa, necessitando de um período de descanso antes da quebra de dormência.
Apresenta elevado potencial produtivo, com alta percentagem de tubérculos comerciais. Tem facilidade de manejo da quantidade e tamanho dos tubérculos a serem produzidos, realizado por meio do controle da quantidade de brotos dos tubérculos sementes.
É moderadamente suscetível à requeima e moderadamente resistente à pinta-preta, ao mosaico (PVY) e ao enrolamento (PLRV). Apresenta teor relativamente alto de matéria seca, com uso preferencial para processamento industrial nas formas de chips e de batata palha. Pode ser comercializada para consumo fresco, desde que sejam tomados os cuidados para prevenir o esverdeamento dos tubérculos.
BRS F63 Camila
Foto: Antonio César Bortoletto.
Figura 9. Cultivar BRS F63 Camila.
`BRS F63 Camila`, lançada em 2015, foi desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético de Batata da Embrapa (Clima Temperado, Pelotas, RS; Produtos e Mercado/ Escritório de Canoinhas, SC e; Hortaliças, Brasília, DF). Originou-se do cruzamento dos clones C1750-15-95 x C1883-22-97 efetuado em 2004. Foi testada sob o código F63-01-06 e selecionada com base na aparência, rendimento e peso específico de tubérculos.
A cultivar é indicada para plantio na região Sul e nas épocas mais frias das demais regiões produtoras do país. Apresenta elevado potencial produtivo de tubérculos comerciais, teor médio de matéria seca que possibilita maior versatilidade culinária, vida de prateleira mais longa no mercado e no armazenamento de sementes; alta resistência PVY, que permite maior número de multiplicações de sementes, tornando-a mais barata e com melhor qualidade que outras cultivares.
`BRS F63 Camila` produz tubérculos de boa aparência, ovalados, com olhos rasos, polpa amarela clara, película amarela e lisa, resistência moderada ao esverdeamento de pós-colheita, e período de dormência médio. As plantas apresentam ciclo de desenvolvimento vegetativo médio e moderada suscetibilidade à requeima e à pinta-preta.
Na culinária, a `BRS F63 Camila` apresenta textura firme na cocção e sabor característico, sendo adequada inclusive para cozinha gourmet na preparação de saladas e pratos afins.
Cultivares de batata da Embrapa para a indústria
As cultivares de batata BRS IPR-Bel e BRS Ana, da Embrapa, destacam-se pela adaptação às diversas regiões do país; elevado rendimento para processamento, tanto na forma de chips como de batata palha; alto potencial produtivo e rendimento de tubérculos comerciais com características de qualidade para a industrialização.
Antonio Bortoletto, analista da Embrapa Produtos e Mercado, unidade responsável pela comercialização e inserção de tecnologias produtos e serviços da Embrapa no mercado, explica que, devido à adaptação das variedades nas diferentes regiões de cultivo de batata no país, será possível a sua utilização e adoção tanto por pequenas, médias ou grandes indústrias.
Já foi realizado um teste de fritura no laboratório, cujo resultado foi um sucesso, segundo profissionais das cooperativas e da indústria. Como parte do processo de promoção das cultivares, foram enviados cerca de 2.200 kg de tubérculos comerciais de Canoinhas, SC, para testes de fritura na linha de produção da Yoki, indústria parceira.
A opinião de produtores, técnicos e da indústria
"Com estas variedades, estamos dando um passo à frente para obtermos estabilidade na bataticultura", disse Tsutomu Massuda, presidente da Cooperativa Unicastro, parceira na pesquisa destas cultivares de batata há três anos, durante o Dia de Campo no ano passado (2014), feito para demonstrar as aptidões das novas cultivares.
É fato, disse Massuda na época, que a agricultura é uma atividade de alto risco e sujeita a diversos fatores como clima, aumento dos preços, de insumos, política cambial e econômica, marcos regulatórios trabalhistas e ambientais. No caso da batata existe ainda a forte dependência na importação de sementes, por isso, é imprescindível o trabalho que vem sendo feito pelos órgãos de pesquisa como Embrapa e Iapar em parceria com o produtor e a indústria para atender melhor o nosso consumidor, concluiu o presidente da Cooperativa.
Após três anos de parceria com a pesquisa, instalando campos de teste nos produtores da Unicastro, o desempenho das cultivares no campo e no processamento industrial tiveram resultados surpreendentes tanto no aspecto industrial, como nos aspectos agronômicos, com uma boa avaliação nos dados de aparência, cor, sabor e textura.
O presidente da Unicastro foi enfático ao afirmar: "Acredito que estão nascendo duas novas opções para a cadeia da bataticultura, as cultivares BRS IPR- Bel e BRS Ana".
Na avaliação dos técnicos da Cooperativa, as cultivares merecem destaque pela superioridade agronômica e qualidade industrial que agregam produtividade e resultados satisfatórios ao sistema, o que sinaliza o potencial de adaptação às condições climáticas da região produtora e a possibilidade de se tornarem comercialmente competitivas.
Ainda no Dia de Campo do ano passado, Luis Henrique de Carvalho, agrônomo da General Mills &Yoki, indústria de processamento de alimentos, também conheceu o manejo da variedade nacional e disse:
"Vimos o nível de resistência a pragas, a doenças, a seca e também a produtividade e formato de tubérculos, observamos que a variedade analisada tem potencial inicial para boas práticas tanto no campo como no processamento, além de serem adaptadas ao nosso clima. Elas têm potencial para alavancar o nível de fritura e a produtividade dos batatais por esse Brasil afora".
No momento posso confirmar que os testes realizados na nossa indústria foram muito bons e que depositamos uma esperança grande na variedade BRS IPR-Bel e também na BRS Ana, concluiu o representante da Yoki.
Características das variedades
BRS IPR-Bel foi desenvolvida para uso no processamento industrial nas formas de chips e de batata palha. Pode eventualmente ser utilizada para consumo fresco, desde que sejam tomados os cuidados para prevenir o esverdeamento dos tubérculos. É uma cultivar que apresenta plantas medianamente vigorosas, com hábito de crescimento semiereto e porte médio, possuem tubérculos de formato oval, olhos medianamente rasos; película amarela e lisa, com suscetibilidade ao esverdeamento e polpa creme. É moderadamente suscetível a requeima (Phytophthora infestans) e moderadamente resistente à pinta-preta (Alternaria solani). Destaca-se pelo alto teor de matéria seca e pelo grande número de hastes e tubérculos por planta.
BRS Ana é uma cultivar adequada para fritura à francesa (palitos), com potencial de processamento na forma de palitos pré-fritos congelados, palha e de flocos. Suas características de maior destaque são a aparência, o rendimento de tubérculos, peso específico e qualidade de fritura. Os tubérculos têm película vermelha, levemente áspera, polpa branca, formato oval e olhos rasos. Seu potencial produtivo é alto. No ecossistema subtropical, apresentou maior produtividade que as cultivares mais plantadas no país, quando cultivada no outono, e não diferiu na primavera. Apresenta, também, menor exigência em fertilizantes que as principais cultivares importadas e também mostra moderada tolerância à seca. A BRS Ana possui boa resistência à pinta preta, apresentando baixa degenerescência de sementes por viroses, conferida pela resistência ao vírus Y da batata e baixa incidência ao vírus do enrolamento da folha da batata. Apresenta ciclo tardio de 110-120 dias