1 - Plantar espécies intercaladas
Para melhorar o uso do solo é interessante misturar, no mesmo canteiro, espécies com características diferentes, como plantas que produzem frutos com plantas que produzem folhas, ou plantas que produzem flores com plantas que produzem raiz.
2 - Usar plantas companheiras
Certas plantas gostam da companhia de outras, ajudando-se mutuamente. Alguns
exemplos de grupos de plantas:
a) Tomate, pimentão ou berinjela + alface ou chicória;
b) Abóbora, pepino, chuchu ou melão + feijão ou ervilha + milho;
c) Alface ou chicória + cenoura ou rabanete;
d) Berinjela + feijão;
e) Beterraba + couve ou salsão;
f) Cenoura + alface ou tomate;
g) Repolho, brócolis, couve-flor ou repolho + cenoura, beterraba, feijão.
3 - Fazer rotação de culturas
É muito importante fazer a rotação nos canteiros, ou seja, evitar o cultivo da mesma planta (ou de plantas da mesma família) sempre no mesmo canteiro.
Assim, após o tomateiro não plante pimentão ou berinjela, pois são plantas da mesma família e que são sensíveis às mesmas doenças. Mas pode-se plantar alface ou cenoura ou repolho.
4 - Controlar formigas e lesmas
Pode-se evitar que as formigas se aproximem da horta plantando, ao redor dos canteiros, hortelã ou gergelim ou simplesmente espalhando carvão moído, farinha de ossos ou até mesmo casca de ovo moído pelas áreas mais atacadas. Para se livrar das lesmas a forma mais simples é atraí-las com um pano de estopa embebido em água e leite, colocado à noite ao redor das plantas atacadas. Na manhã seguinte as lesmas podem ser recolhidas sob o pano e eliminadas.
5 - Manejar a vegetação espontânea
As plantas chamadas de inços, invasoras ou daninhas são geralmente abrigo para uma série de pequenos insetos e aranhas que são inimigos naturais de diversas pragas.
Portanto, quanto mais “limpa” for a horta, maior a chance dela ser atacada por algum inseto. Retire apenas o mato em excesso mais próximo das plantas.
6 - Usar plantas repelentes
Algumas plantas produzem substâncias químicas que repelem os insetos. Assim, plantas como cravo-de-defunto, crisântemo, arruda, nim, alho, entre outras, podem ser cultivadas próximas da horta como forma de prevenção.
7 - Usar resíduos orgânicos
Grande parte dos resíduos domésticospodem ser utilizados para enriquecer o solo: cinza de fogão à lenha é rica em potássio e casca de ovo em cálcio. Estercos de animais e resíduos de corte de grama e mesmo da horta podem ser usados para fazer adubo através da compostagem ou da minhocultura
8 - Observar as minhocas
As minhocas, além de fazerem húmus, são ótimas indicadoras da qualidade do solo.
Quando falta matéria orgânica ou os canteiros ficam muito secos ou encharcados elas costumam fugir do local indicando que alguma coisa não está boa.
9 - Ter cuidado nas aplicações
Mesmo sendo naturais, os produtos usados para o controle de pragas e doenças na agricultura de base ecológica também podem ser tóxicos e causar alergias e irritações aos humanos. Previna-se usando sempre os equipamentos de proteção individual, como botas, luvas e óculos.
10 - Adaptar ideias
Cada horta é um local único, com suas características próprias de solo, clima e biodiversidade. O que dá certo em um local pode não dar em outro, por uma série de motivos muitas vezes imperceptíveis. Visite outras hortas ecológicas e troque experiências com os produtores. Mas lembre-se: o importante não é copiar ideias prontas, mas sim adaptá-las à sua realidade.
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