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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Preparo do solo e Calagem na Cultura da Cebola



Preparo do solo

A cebola desenvolve-se melhor em solos profundos, ricos em matéria orgânica, com boa retenção de umidade, bem drenados e "leves". Em geral, os solos de textura média, quando bem drenados, são os mais indicados por possuírem boas condições físicas e maior eficiência produtiva.
Solos muito arenosos apresentam o inconveniente da baixa retenção de umidade e possibilidade de lixiviação de adubos, que podem contaminar águas subterrâneas causando problemas ambientais. Solos muito argilosos e "pesados" prejudicam o desenvolvimento dos bulbos e podem causar deformações e baixa qualidade comercial.
Com relação à fertilidade, deve-se, com base em análises de solo, fazer a correção e a adubação adequada para cada situação.
Independente do sistema de plantio e do método de cultivo, deve-se utilizar práticas conservacionistas, a começar pelo zoneamento agrícola, considerando-se a aptidão das áreas de cultivo. No plantio em si, deve-se atentar para a adoção de cultivo em nível e com terraceamento ou curvas de nível quando pertinente.
Para o preparo de solo no sistema convencional, são feitas geralmente uma aração e duas gradagens. Em solos que apresentem alguma camada subsuperficial compactada, recomenda-se o uso de subsolador à profundidade de pelo menos 5 a 10 cm abaixo da camada compactada. Em seguida, a finalização do preparo de solo varia conforme o método de plantio.
Quando se utiliza o método de semeadura direta no local definitivo, é comum o uso de rotocultivadores ou enxada rotativa com ou sem encanteirador, de modo a deixar o solo bem destorroado e aplainado, para que se obtenha uniformidade na distribuição das pequenas e irregulares sementes de cebola. O uso de canteiros é comum quando se faz necessário melhorar a drenagem em plantios precoces ou em solos de baixadas suscetíveis ao encharcamento.
No caso do método de plantio de transplante de mudas, o destorroamento não precisa ser tão intenso, de forma que, dependendo das características do solo, em geral basta o sulcamento. Em solos ou épocas passíveis de encharcamento também se pode efetuar o encanteiramento previamente ao sulcamento.
Para os métodos de plantio de bulbinhos ou soqueira seguem-se as mesmas recomendações de preparo do solo para o sistema de mudas.

Calagem

A cebola é relativamente sensível à acidez dos solos, desenvolvendo-se melhor em pH (em água) de 6,0 a 6,5 e de, no máximo, 5% de saturação por Al³+. Dessa forma, a calagem é fundamental nos solos brasileiros, em sua maioria ácidos e com teores elevados de alumínio trocável.
Cálculo de necessidade de calagem:
A quantidade de calcário a ser adicionado ao solo é calculada com base na análise de solo, podendo-se utilizar um dos métodos a seguir:
       A. Método da elevação da porcentagem de saturação por bases

       t.ha-¹ de calcário = (V2 - V1).T/PRNT, em que:
       V2 = 70% (saturação por bases desejada); V1 = saturação por bases atual (análise de solo) = [(Ca²+ + Mg²+ + K+).100]/T;
       T = capacidade de troca catiônica [Ca²+ + Mg²+ + K+ + (H + Al)], em cmolc.dm-³;
       PRNT = poder relativo de neutralização total do calcário a ser aplicado.

       B. Método da neutralização do Al³+ e fornecimento de Ca²+ + Mg²+

       t.ha-¹ de calcário = Y.[Al³+ - (mt.t/100)] + [X-(Ca²+ + Mg²+)].100/PRNT, em que:
       X = exigência em cálcio e magnésio pela cultura (para cebola X = 3,0);
       mt = máxima saturação por alumínio tolerada pela cultura (para cebola mt = 5,0);
       Y = fator que varia com a capacidade tampão de acidez do solo podendo ser definido de acordo com a textura. Para solos                    arenosos (0 a 15% de argila); textura média (16 a 35% de argila); argilosos (36 a 60 de argila); muito argilosos (61 a 100 de                argila), usa-se valores de Y de 0 a 1,0; 1,0 a 2,0; 2,0 a 3,0 e de 3,0 a 4,0, respectivamente.

       C. Método SMP
       Este método, utilizado nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, baseia-se no índice SMP para a recomendação de          calagem. Para o cultivo da cebola, uma vez determinado o índice SMP na análise de solo, obtém-se a quantidade de calcário a          ser aplicada para elevar o pH do solo a 6,0 mediante o uso da Tabela 1.
Tabela 1. Quantidade de calcário (PRNT 100%) com base no ínidice SMP, visando a atingir o pH 6,0 em água, para correção da acidez dos solos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.



sábado, 25 de novembro de 2017

Cultivo do Hissopo (Hyssopus officinalis)



Hyssopus officinalis

O hissopo é uma planta que pode atingir de 20 cm a 1 m de altura, com flores que podem ser de cor violeta, rosa ou branca. Bastante apreciada como planta ornamental em jardins, sendo que suas flores atraem abelhas e borboletas, é também uma planta cultivada para fins medicinais e para o uso de suas folhas e flores como tempero. Seu sabor é forte e algo amargo, apresentando um intenso e agradável aroma de menta, o que faz com que suas folhas sejam usadas apenas em pequenas quantidades em saladas ou como tempero para outros pratos. Alguns apicultores também cultivam a planta para alimentar suas abelhas, que assim produzem um mel aromático de sabor distinto.

Hissopo


O hissopo cresce melhor em clima subtropical, mas suporta bem baixas temperaturas

O hissopo cresce melhor em clima subtropical quente, mas também suporta temperaturas baixas.

Luminosidade

Deve receber luz solar direta pelo menos por algumas horas diariamente.

Flores do hissopo de cor violeta


As flores do hissopo atraem insetos como abelhas e borboletas

Cultive preferencialmente em solo leve e bem drenado, fértil e com pH entre 5 e 7,5, mas o hissopo pode ser cultivado praticamente em qualquer tipo de solo que apresente uma boa drenagem.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido nos primeiros meses, mas sem que fique encharcado. Plantas bem desenvolvidas toleram curtos períodos de seca e podem ser irrigadas mais esporadicamente. O excesso de água no solo prejudica estas plantas.

Flores do hissopo de cor rosa


As flores do hissopo geralmente são de um violeta azulado, mas há variedades de cor rosa e branca 

Plantio

O hissopo pode ser propagado por sementes, estaquia ou divisão de plantas bem desenvolvidas.

Semeie no local definitivo ou em sementeiras e outros recipientes, e transplante as mudas quando estiverem grandes o bastante para serem manuseadas. As sementes levam uma ou duas semanas para germinarem.

Plantas bem desenvolvidas também podem ser divididas, ou ramos com 5 a 10 cm podem ser parcialmente enterrados em vasos mantidos úmidos para que ocorra o enraizamento.

O espaçamento entre as plantas pode ser de 30 a 60 cm. Esta planta também pode ser cultivada facilmente em vasos grandes.

Tratos culturais

Retire plantas invasoras que estiverem concorrendo por recursos e nutrientes.

A cada três ou quatro anos as plantas precisam ser renovadas, pois vão se tornando lenhosas e passam a ser menos produtivas.

Hissopo florido

As folhas do hissopo são mais aromáticas quando ocorre a floração

Colheita

Em plantações domésticas, as folhas podem ser colhidas quando necessário a partir de dois ou três meses após o plantio. Em plantações comerciais, cujo objetivo é a extração do óleo essencial, a colheita é realizada normalmente apenas a partir do segundo ano, quando ocorre a floração, embora também seja possível fazer uma pequena colheita no primeiro ano.

As folhas são mais aromáticas quando ocorre a floração, e as flores também podem ser colhidas e consumidas.

Propiedades

O hissopo (Hyssopus officinalis) é uma planta pouco cultivada em Portugal, e por isso, pouco conhecida também. Dizem que quando Cristo foi descido da cruz, o pano usado para limpar o seu rosto, estava embebido em água de hissopo, por causa das suas propriedades cicatrizantes. 

Em infusão pode funcionar como expectorante, estimulante e carminativo. Gosta de solos secos e boa exposição solar. É muito utilizada na indústria de salsicharia alemã, por ser uma excelente planta condimentar. 

Na horta biológica é muito eficiente a repelir mosca branca e borboleta da couve, atraindo no entanto vários insectos auxiliares com as suas maravilhosas espigas de flores de um azul intenso.


sábado, 18 de novembro de 2017

Importância econômica e Clima para a Cebola



O agronegócio da cebola apresentou expressiva dinâmica a partir do final dos anos 1980. Fatos sociais, como a mudança de hábitos alimentares da população mundial em busca de melhor qualidade de vida, incluindo uma dieta mais saudável, contribuíram de forma determinante para a promoção de um marketing positivo para a cebola.
Nesse aspecto, a divulgação, por meios de comunicação de massa, dos resultados de pesquisas sobre as propriedades medicinais que algumas hortaliças têm na prevenção de doenças, na longevidade de vida e preservação da saúde, evidenciou a cebola como um dos principais integrantes do grupo alimentar mais saudável, o chamado de "nutracêuticos" ou grupo de alimentos funcionais¹. Com efeito, a situação desta hortaliça promoveu o aumento do consumo. Ao impulsionar a demanda, naturalmente o deslocamento da oferta foi induzido, promovendo, assim, sensível alavancagem no mercado de cebola.

CLIMA:
O crescimento da cebola, que compreende a emergência das plântulas até o crescimento completo das folhas, é controlado principalmente pela temperatura. A bulbificação, por sua vez, é controlada pelo comprimento do dia e sua interação com a temperatura.
Assim, o fotoperíodo (número de horas de luz diária) e a temperatura são os fatores climáticos que controlam a formação de bulbos na cebola e limitam a recomendação de uma mesma cultivar para vários locais. A escolha de cultivares inadequadas para um determinado local e época resulta em produtividade baixa e/ou qualidade ruim dos bulbos. A temperatura, além de influenciar a bulbificação, afeta diretamente o florescimento.

Fotoperíodo

A bulbificação em cebola é promovida por dias longos e, de modo geral, nenhuma bulbificação ocorre em dias com duração inferior a 10 horas de luz.
Sob fotoperíodos inferiores ao mínimo fisiologicamente exigido, as plantas produzem folhas continuamente e não bulbificam, mesmo após períodos longos de crescimento. Satisfeitas as exigências em fotoperíodo, tem início a formação do bulbo, independentemente do tamanho da planta, de forma que mesmo plântulas podem ser induzidas à bulbificar sob estímulo de dias longos.
Em função do número de horas de luz diário exigido para que as plantas formem bulbos comercializáveis, as cultivares de cebola são classificadas em quatro grupos: de dias curtos (DC), de dias intermediários (DI), de dias longos (DL) e de dias muito longos (DML).
As DC bulbificam em dias com pelo menos 12 horas de luz, as DI exigem dias com 13 ou mais horas de luz, as DL exigem mais de 14 horas de luz diária, e as DML exigem dias com duração superior a 15 horas. Cultivares adaptadas a latitudes maiores, de modo geral, não bulbificam satisfatoriamente em latitudes menores.
O fotoperíodo varia de local para local em função da latitude e da época do ano. Próximo ao equador, o comprimento é em torno de 12 horas ao longo do ano. À medida que avançamos em direção aos pólos, o comprimento do dia aumenta no verão e diminui no inverno.

Temperatura

A velocidade da germinação da cebola aumenta na faixa de 5-25°C. Considerando-se a velocidade e a porcentagem de germinação e a emergência em solos úmidos, a faixa ótima de temperatura para a cebola é de 20-25°C. Temperaturas baixas limitam a germinação das sementes, sendo 2°C a temperatura mínima para que sementes de cebola germinem.
A faixa ótima de temperatura para o crescimento foliar é de 20-25°C, sendo 6°C a temperatura abaixo da qual o crescimento foliar cessa. Na faixa de 6-20°C, a taxa de crescimento foliar aumenta linearmente. Ainda que a duração do dia seja o fator principal para a indução, formação e maturação de bulbo, seus efeitos são modificados pela temperatura.
O tempo necessário para o início da bulbificação e o tempo necessário para o completo crescimento do bulbo diminuem quando a temperatura aumenta, mas, não ocorre bulbificação se o comprimento do dia for insuficiente, mesmo sob temperaturas altas.
Temperaturas acima de 35ºC durante a fase inicial de crescimento das plantas podem promover a bulbificação precoce, sendo um dos inconvenientes do plantio no verão no Brasil.
A bulbificação que atinge um máximo em torno de 38ºC cessa quando a temperatura cai abaixo de 10ºC. Temperaturas baixas podem alongar o fotoperíodo crítico e prejudicar a formação dos bulbos. Exposição a breves períodos de frio extremos (< 6ºC) favorece o engrossamento do pseudocaule.
Para induzir o florescimento é necessário expor as plantas ou os bulbos a um período prolongado de frio, sendo a exigência em frio variável com cada cultivar e tamanho da planta. De modo geral, a ocorrência de temperaturas entre 5 e 13°C por pelo menos 30 dias provocam florescimento ("bolting"), sendo que cultivares tropicais são normalmente menos exigentes em frio que cultivares de clima temperado. A ocorrência de florescimento, embora essencial em culturas destinadas à produção de sementes, é indesejável em culturas destinadas à produção de bulbos.

Tolerância à seca

O sistema radicular superficial da cebola torna-a menos acessível às reservas de água do solo, de modo que a sensibilidade da cultura a veranicos e/ou chuvas mal distribuídas é grande, o que torna a cebola mais sensível ao estresse hídrico que várias outras culturas. Em culturas destinadas a produção de sementes, o estresse hídrico pode ocasionar dificuldade de florescimento e desenvolvimento de pólen, redução no peso e na produção de sementes e decréscimo no vigor de sementes.
A planta de cebola é sensível à salinidade do solo, particularmente quando acompanhado por alta evapotranspiração e limitada disponibilidade hídrica. A sensibilidade à salinidade é maior nas fases de germinação e emergência, diminuindo à medida que as plantas crescem.
Apesar de exigente em água, observações de plantas crescendo em condições áridas mostram que elas podem sobreviver por longos períodos de estresse hídrico, paralisando seu crescimento, recuperando posteriormente quando a água se torna disponível. No entanto, bulbos comercializáveis de cebola são constituídos em grande parte por água e, por conseguinte, a maximização da taxa de crescimento e a obtenção de boas produtividades com qualidade dependem necessariamente de bom suprimento de água para as plantas.

Tolerância à geada

Sendo originária de regiões de clima temperado, a cebola apresenta tolerância moderada à geada, mas não tolera frio muito intenso ou muito prolongado. Em casos extremos ocorre queima de folhas, iniciando nas pontas e progredindo para a base. As plantas mantêm o crescimento normal quando uma geada moderada é seguida de elevação da temperatura do ar.

Tolerância a excesso hídrico prolongado

Chuvas intensas e prolongadas ou irrigações excessivas em qualquer fase do ciclo da cebola prejudicam o crescimento e a produção de bulbos.
Em solos com problemas de drenagem, o excesso de água acumulado no solo pode prejudicar a aeração e a respiração das raízes, que nestas condições podem morrer. O crescimento e a produtividade de bulbos são drasticamente comprometidos quando o solo permanece saturado por mais de 12 horas.
Chuvas ou irrigação em excesso antes do início da bulbificação aumentam o diâmetro do pseudocaule ("pescoço"), favorecendo a entrada de água e dificultando o tombamento (estalo) das plantas. Já o excesso de água no solo durante a fase final de crescimento de bulbos retarda a maturação e causa a ruptura das películas externas de proteção dos bulbos, pois estes continuam a crescer. Para que as películas de proteção se formem e se mantenham intactas, as irrigações devem ser paralisadas duas a três semanas antes da colheita.



domingo, 12 de novembro de 2017

10 dicas para montar horta de base ecológica



1 - Plantar espécies intercaladas

Para melhorar o uso do solo é interessante misturar, no mesmo canteiro, espécies com  características diferentes, como plantas que produzem frutos com plantas que produzem folhas, ou plantas que produzem flores com plantas que produzem raiz.

2 - Usar plantas companheiras

Certas plantas gostam da companhia de outras, ajudando-se mutuamente. Alguns  
exemplos de grupos de plantas:
a) Tomate, pimentão ou berinjela + alface ou chicória;
b) Abóbora, pepino, chuchu ou melão + feijão ou ervilha + milho;
c) Alface ou chicória + cenoura ou rabanete;
d) Berinjela + feijão;
e) Beterraba + couve ou salsão;
f) Cenoura + alface ou tomate;
g) Repolho, brócolis, couve-flor ou repolho + cenoura, beterraba, feijão.

3 - Fazer rotação de culturas

É muito importante fazer a rotação nos canteiros, ou seja, evitar o cultivo da mesma planta  (ou de plantas da mesma família) sempre no mesmo canteiro.
Assim, após o tomateiro não plante pimentão ou berinjela, pois são plantas da mesma  família e que são sensíveis às mesmas doenças. Mas pode-se plantar alface ou cenoura ou  repolho.

4 - Controlar formigas e lesmas

Pode-se evitar que as formigas se aproximem da horta plantando, ao redor dos canteiros,  hortelã ou gergelim ou simplesmente espalhando carvão moído, farinha de ossos ou até mesmo casca de ovo moído pelas áreas mais atacadas. Para se livrar das lesmas a forma  mais simples é atraí-las com um pano de estopa embebido em água e leite, colocado à noite  ao redor das plantas atacadas. Na manhã seguinte as lesmas podem ser recolhidas sob o pano e eliminadas.

5 - Manejar a vegetação espontânea

As plantas chamadas de inços, invasoras ou daninhas são geralmente abrigo para uma série de pequenos insetos e aranhas que são inimigos naturais de diversas pragas.
Portanto, quanto mais “limpa” for a horta, maior a chance dela ser atacada por algum  inseto. Retire apenas o mato em excesso mais próximo das plantas.

6 - Usar plantas repelentes

Algumas plantas produzem substâncias químicas que repelem os insetos. Assim, plantas  como cravo-de-defunto, crisântemo, arruda, nim, alho, entre outras, podem ser cultivadas  próximas da horta como forma de prevenção. 

7 - Usar resíduos orgânicos

Grande parte dos resíduos domésticospodem ser utilizados para enriquecer o solo: cinza de fogão à lenha é rica em potássio e casca de ovo em cálcio. Estercos de animais e resíduos de corte de grama e mesmo da horta podem ser usados para fazer adubo através da  compostagem ou da minhocultura

8 - Observar as minhocas

As minhocas, além de fazerem húmus, são ótimas indicadoras da qualidade do solo.
Quando falta matéria orgânica ou os canteiros ficam muito secos ou encharcados elas  costumam fugir do local indicando que alguma coisa não está boa.

9 - Ter cuidado nas aplicações

Mesmo sendo naturais, os produtos usados para o controle de pragas e doenças na agricultura de base ecológica também podem ser tóxicos e causar alergias e irritações aos  humanos. Previna-se usando sempre os equipamentos de proteção individual, como botas,  luvas e óculos.

10 - Adaptar ideias

Cada horta é um local único, com suas características próprias de solo, clima e  biodiversidade. O que dá certo em um local pode não dar em outro, por uma série de motivos muitas vezes imperceptíveis. Visite outras hortas ecológicas e troque experiências com os produtores. Mas lembre-se: o importante não é copiar ideias prontas, mas sim  adaptá-las à sua realidade.



Cebola: plantas que curam



Os benefícios da cebola
"Entre quem come o equivalente a uma cebola durante a semana, a probabilidade de desenvolver um câncer qualquer chega a ser 14% menor", revela em entrevista à SAÚDE! a pesquisadora Carlotta Galeone, que, com seus colegas do Instituto de Pesquisa Farmacológica Mario Negri, em Milão, na Itália, avaliou ficha médica por ficha médica de centenas de voluntários, divididos, é claro, em duas turmas — a dos avessos à cebola e a dos que encaravam comê-la crua. Não foi por acaso que fizeram a comparação. Eles queriam avaliar os benefícios da hortaliça para a saúde, uma vez que a cozinha de seu país usa e abusa do ingrediente.
Já existiam, é bem verdade, estudos ligando seu consumo à diminuição do risco de tumores de estômago, intestino e próstata. Os cientistas de Milão, porém, expandiram essa visão. Na sua amostragem, não só esses, mas todo tipo de tumor era mais comum no primeiro grupo — o dos sem-cebola.
Outra descoberta dos italianos: a proteção parece ser proporcional às porções ingeridas. Assim, duas cebolas semanais são suficientes para derrubar em 56% o perigo do câncer de laringe, em 43% o de ovários e em 25% o de rins. E aqueles que comem com gosto muitos anéis distribuídos pela salada do almoço e do jantar, em quantidade correspondente a uma cebola inteirinha por dia, estão ainda mais resguardados. "Aí, as chances de câncer colorretal são 56% menores e o de boca, 88%", assegura Carlotta. E não foi só isso o que a ciência confirmou nos últimos tempos.
Sabe-se que a cebola dificulta a ação das bactérias, inclusive as causadoras da cárie e dos distúrbios gástricos, além de atuar contra fungos que provocam micoses, amenizar os sintomas da asma, combater inflamações e diminuir os riscos de trombose e aterosclerose. Um dos últimos trabalhos reafirmando essas qualidades é assinado pelo Ministério da Agricultura do governo da Austrália. Porcos com dieta rica em gorduras tiveram seus índices de triglicérides reduzidos em 15% quando a cebola foi incluída no cardápio.
O próximo passo, agora, é descobrir qual seria a melhor cebola para uma vida mais longa e saudável. Ora, são mais de 600 espécies! À primeira vista todas são parecidas do ponto de vista nutricional, reunindo numa só rodela cálcio, fósforo, magnésio, ferro, potássio, zinco, cobre, manganês, vitaminas do complexo B — principalmente B1 e B2 — e vitamina C. Na prevenção de doenças, o poder de fogo dos membros da vasta família Alliaceae pode variar — ou nem tanto.
Apesar de consumirmos menos cebolas do que os italianos, nós, brasileiros, estamos acostumados ao seu paladar. A cebolinha verde, por exemplo, muito usada como tempero, é tida como um broto de cebola, quando é mais uma variedade dela. Cebola ou cebolinha, o bulbo pode ir para a panela ou para a saladeira — "assim como as folhas de algumas variedades", acrescenta Valter Rodrigues Oliveira, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisas de Hortaliças da Embrapa, com sede em Brasília. — "assim como as folhas de algumas variedades", acrescenta Valter Rodrigues Oliveira, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisas de Hortaliças da Embrapa, com sede em Brasília.
O médico Edson Credídio, que é diretor da Associação Brasileira de Nutrologia, recomenda consumir o vegetal cru, já que o calor do cozimento ou da fritura destrói seus compostos benéficos. A Embrapa está desenvolvendo uma variedade de cebola isenta de substâncias que provocam choro e mau hálito, mas é provável que a novidade não produza tantos bons efeitos. Então, encare o bafo, o ardor e as lágrimas com alegria. Tudo pode ser uma questão de treinar o paladar para sabores picantes.
A cebola é a base de todos os temperos, combina e oferece um sabor especial a quase todos os tipos de pratos.
Pode ser considerada como auxiliar do organismo na defesa contra infecções, eliminando ao mesmo tempo eventuais substâncias tóxicas através dos rins, resultado da ação dos seus sais minerais, principalmente o Fósforo, Ferro e Cálcio e vitaminas do Complexo B e vitamina C.
É indicada para abrir o apetite, regulariza enfermidades do estômago, é ótima contra prisão-de-ventre, inchaços de qualquer natureza, problemas de pele, garganta, ossos (reumatismo), intestino e,é ainda, diurética.
O caldo de cebolas fervido, e com mel, é eficaz contra resfriados, gripes, tosse, bronquite e asma. Ela também depura o sangue e o fígado de substâncias tóxicas e aumenta a diurese.
Rica em elementos protetores contra infecção, é a pior inimiga dos vermes intestinais, eliminando, ao mesmo tempo, eventuais substâncias tóxicas através dos rins. Essas propriedades, entretanto, se perdem quando a cebola é cozida.
Ótima contra cálculos biliares, a cebola remove ainda as obstruções das vísceras e limpa as vias respiratórias. Crua, colocada sob o nariz, ela corta hemorragias nasais.
Aplicado topicamente, o suco de cebola é muito bom para as picadas de aranhas, abelhas e vespas, enfim, de insetos em geral. A cebola também é um excelente preventivo do enfarte. Frita ou assada, ajuda a dissolver coágulos sanguíneos. Para quem sofre de acidez estomacal ou formação de gases a cebola crua não é recomendada.
A cebola não apresenta grandes problemas para sua compra. Os únicos cuidados são: verificar sua consistência, uniformidade e brilho da casca.
Para evitar irritação nos olhos quando se corta uma cebola, basta colocar na ponta da faca um pedaço de pão (ele absorve boa parcela do cheiro e dos gases soltos), ou então, coloque a cebola na geladeira por uns 10 minutos, ou ainda, molhe-a em água fervente.
Seu período de safra é de setembro a março.
Cem gramas de cebola fornecem 39 calorias. 


Receitas com Cebola


Aperitivo de Cebola e Pimenta  

Ingredientes 
• 2 copo(s) de arroz lavado(s) e escorrido(s) 
• 2 colher(es) (sopa) de óleo de soja Sadia 
• 1 dente(s) de alho amassado(s) 
• 4 copo(s) de água fervente 
• quanto baste de sal 
• 2 unidade(s) de cenoura cozida(s) 
• 2 colher(es) (sopa) de ervilha 
• 1/2 unidade(s) de pimentão vermelho picado(s) 

Modo de Preparo 
- Em uma panela, refogue o arroz no óleo, juntamente com o alho, por 3 minutos. Cubra o arroz com a água fervente, acrescente o sal e deixe cozinhando. Depois de cozido, acrescente a cenoura, a ervilha e o pimentão. Misture delicadamente e sirva a seguir.
Arroz à Grega Vegetariano

Ingredientes 
• 2 copo(s) de arroz lavado(s) e escorrido(s) 
• 2 colher(es) (sopa) de óleo de soja Sadia 
• 1 dente(s) de alho amassado(s) 
• 4 copo(s) de água fervente 
• quanto baste de sal 
• 2 unidade(s) de cenoura cozida(s) 
• 2 colher(es) (sopa) de ervilha 
• 1/2 unidade(s) de pimentão vermelho picado(s) 

Modo de Preparo 
- Em uma panela, refogue o arroz no óleo, juntamente com o alho, por 3 minutos. Cubra o arroz com a água fervente, acrescente o sal e deixe cozinhando. Depois de cozido, acrescente a cenoura, a ervilha e o pimentão. Misture delicadamente e sirva a seguir.


Antepasto de Pimentão Vermelho 

Ingredientes 
• 6 unidade(s) de pimentão vermelho grande(s) 
• 1 colher(es) (sopa) de sal 
• 1 dente(s) de alho amassado(s) 
• 1 colher(es) (sopa) de óleo de soja Sadia 
• 200 ml de azeite de oliva Borges 
• 100 ml de vinagre branco 

Modo de Preparo 
- Lave bem os pimentões e coloque-os um uma assadeira grande dispostos um ao lado do outro. Regue com o óleo e leve ao forno médio até que a casca fique meio queimada. Retire-os do fogo e deixe-os de molho numa vasilha cheia de água fria. Quando achar que dá para manuseá-los, retire a casca e rasgue-os em tirascompridas. Tenha o cuidado de tirar também as sementes. Ponha os pimentões pelados em um vidro com tampa ou um recipiente de plástico com tampa devidamente lavado com água fervente. Tempere-os com o restante dos ingredientes. Tampe o recipiente e deixe marinar por 3 dias.


creme de cebola

Ingredientes para Creme de Cebola:


1 kg de cebolas descascadas e cortadas em fatias 
500 ml de caldo de galinha 
100 ml de vinho tinto 
300 ml de creme de leite fresco 
20 g de manteiga 
2 colheres de sopa de azeite de oliva 
1 colher de sopa de mel 
Sal e pimenta-do-reino a gosto

Como Preparar Creme de Cebola:

Doure as cebolas numa panela com o azeite e a manteiga, inicialmente em fogo brando. Acrescente o mel e aumente o fogo para que fiquem bem douradas, sem deixá-las queimar.
Acrescente o vinho tinto e mexa até que o álcool evapore. Junte o caldo de galinha e o creme de leite fresco e deixe em fogo brando até reduzir 1/3 do creme.
Tempere com sal e pimenta-do-reino e bata a mistura no liquidificador. Coma com croutons e decore com cebolinha francesa picada.

Receita de Chutney de Cebola

Ingredientes:
  • 30 gr de cebola desidratada
  • 2 colher(es) (sopa) de tomate desidratado
  • 2 colher(es) (sopa) de açúcar mascavo
  • 1/2 xícara(s) (chá) de uva passa sem semente(s)
  • 1 colher(es) (chá) de amido de milho
  • 1/2 xícara(s) (chá) de vinho branco
  • 1/2 xícara(s) (chá) de vinagre tinto
  • 2 colher(es) (chá) de curry em pó
  • 1 folha(s) de louro
  • 3 unidade(s) de cravo-da-índia
  • 3 unidade(s) de pimenta-do-reino branca em grãos
  • quanto baste de sal
Preparação:
Numa panela, misture bem todos os ingredientes, exceto o amido, um pouco de água e leve ao fogo. Quando abrir fervura, abaixe o fogo, adicione mais água se necessário e deixe cozinhar. Quando estiver quase no ponto, misture o amido dissolvido em um pouco de água e deixe encorpar.
Rendimento:
2 porções

Receita de Creme de Cebola com Milho Verde e Cebolinha

Ingredientes:
  • 3 unidade(s) de cebola picada(s)
  • 3 xícara(s) (chá) de leite
  • 2 colher(es) (sopa) de farinha de trigo
  • 1 colher(es) (sopa) de manteiga
  • 1/2 xícara(s) (chá) de cebolinha verde picada(s)
  • 1 lata(s) de milho verde
  • quanto baste de sal
Preparação:
Pique bem a cebola e doure ligeiramente na manteiga. Junte a farinha e mexa bem. Junte o leite aos poucos (se preferir, bata tudo no liqüidificador). Adicione o milho com a água. Se quiser a sopa mais rala, coloque um pouco mais de leite. Prove o sal e corrija se necessário. Coloque a cebolinha e ferva mais alguns minutos. Se gostar, sirva com parmesão de boa qualidade.
Rendimento:
4 porções

Receita de Sopa de Cebola com Gruyère

Ingredientes:
  • 500 gr de cebola
  • 2 colher(es) (sopa) de manteiga
  • 1 1/2 litro(s) de água
  • 200 ml de vinho branco
  • 1 unidade(s) de pão francês pequeno(s)
  • 125 gr de queijo gruyère
  • quanto baste de sal
  • quanto baste de pimenta-do-reino branca moída(s)
Preparação:
Corte as cebolas em rodelas e doure-as muito ligeiramente com a manteiga, sobre fogo brando. Regue com a água e o vinho, tempere com sal e pimenta e deixe ferver durante uma hora. Corte o pão em fatias e doure-as no forno. Disponha o pão em uma terrina que possa ir ao forno e à mesa (ou em recipientes individuais) e espalhe por cima metade da porção do queijo em fatias. Regue com o caldo da cebola e espalhe o restante queijo cortado em fatias. Leve para gratinar em forno bem quente (235º C). Se gostar do caldo mais consistente, polvilhe as cebolas com uma colher de farinha. Deixe cozer e regue então com a água e o vinho. 
Dica: os queijos gruyère e emmenthal são os mais indicados para esta sopa, no entanto pode substituí-los por qualquer outro queijo fundido. Pode ainda substituir a água por caldo de carne.

Rendimento:
4 porções

Receita de Conserva de Cebola Roxa

ingredientes:
  • 4 unidade(s) de cebola roxa
  • 1/4 unidade(s) de pimentão amarelo em fatias
  • 1 unidade(s) de pimenta dedo-de-moça
  • quanto baste de azeite de oliva
  • quanto baste de vinho tinto seco(s)
  • quanto baste de tomilho
  • quanto baste de louro
  • 1 unidade(s) de pimenta rosa
  • quanto baste de sal grosso
  • quanto baste de orégano
Preparação:
Pegue o vidro já esterilizado e acrescente o azeite de oliva, pedaços de cebola, orégano fresco, vinho tinto (30% da quantidade de azeite), cebola, azeite, pimenta, louro, pimentão amarelo, etc....vá alternado a gosto todos os ingredientes. À seguir para fechar a conserva; coloque-a na água fervente até a metade do pote por uns 3 minutos e feche. Quando o pote estiver fechado coloque-o na água fervente submersa mais de (100ºC), por 27 minutos. Retire e coloque-o na água morna quase fria.
Rendimento:
5 porções

Receita de Sopa de Cebola e Alho-Poró

ingredientes:
  • 3 unidade(s) de cebola em rodelas
  • 1 unidade(s) de alho-poró em rodelas
  • 2 colher(es) (chá) de azeite
  • 1 litro(s) de caldo de galinha sem gordura
  • 1/2 xícara(s) (chá) de vinho tinto
  • 100 gr de queijo fundido
  • 1 maço(s) de cheiro-verde
  • quanto baste de tomilho
  • quanto baste de cebolinha verde picada(s)
  • quanto baste de sal
Preparação:
Frite a cebola e o alho-poró no azeite. Junte o caldo de galinha, o maço de cheiro-verde e o tomilho. Tampe e deixe cozinhar por cerca de 20 minutos. Adicione o vinho e mexa. Retire um pouco da sopa, coloque num liqüidificador e bata bem com o queijo fundido. Despeje a mistura na panela com o restante da sopa, misture bem e deixe cozinhar mais um pouco.
Rendimento:
4 porções

Receita de Patê de cebola com tomate

Categoria: Café da manhã/lanches/festas - Pastas e Patês
Ingredientes:
  • 1 unidade(s) de cebola em rodelas
  • 1 colher(es) (sopa) de manteiga
  • 1 colher(es) (sobremesa) de extrato de tomates
  • 1 xícara(s) (chá) de maionese
  • quanto baste de sal
Preparação:
Frite a cebola na manteiga até ficar transparente. Deixe esfriar, bata no liqüidificador com os outros ingredientes. Acrescente sal a gosto.
Rendimento:
1 porção

Receita de Molho de cebola

Categoria: Molhos - Tomate
Ingredientes:
  • 1 lata(s) de molho de tomate
  • 1 xícara(s) (chá) de óleo de soja Sadia
  • 1 xícara(s) (chá) de vinagre branco
  • 1 unidade(s) de cebola
  • 3 dente(s) de alho
  • 3 folha(s) de louro
  • quanto baste de sal
Preparação:
Bata todos os ingredientes no liquidificador e sirva com churrasco.
Rendimento:
10 porções


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Custo de produção da Cebola



Para cultivo e colheita
O cultivo da cebola no Brasil está concentrado em determinadas regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Pernambuco. Em cada uma destas regiões, são plantadas as cultivares mais adaptadas aos fotoperíodos e temperaturas. Estes fatos condicionam as épocas de plantio e colheita e, portanto, o ciclo das safras, o que permite ao Brasil ter colheitas de maio a dezembro.
No Rio Grande do Sul, Santa Catarina e na região do Sub-médio São Francisco tanto do lado da Bahia quanto de Pernambuco, predominam pequenos e médios produtores, ou seja, aqueles que cultivam até 20 hectares. Em São Paulo existem pequenos, médios e grandes produtores, sendo estes considerados empresários. Na região dos Cerrados de Goiás e na Chapada Diamantina na Bahia, a cebola é cultivada por empresas agrícolas.
Os pequenos e médios produtores implantam suas culturas predominantemente pelo método de transplante e empregam diferentes níveis de tecnologias desde as mais simples até as mais sofisticadas. Já os grandes ou as empresas que utilizam a semeadura direta, em geral, conduzem a cultura toda mecanizada com exceção do arrancamento e arranjo das plantas para a cura, e da toalete dos bulbos. Assim, as produtividades variam de 10 a 80 toneladas por hectare.
A diversidade das regiões de produção, das cultivares com diferentes exigências e ciclos, das épocas de plantio e colheita, do tamanho das áreas cultivadas por produtor e dos níveis de tecnologias empregados, fazem com que os coeficientes técnicos sejam também muito variáveis tanto entre regiões quanto entre agricultores.
As tabelas de coeficientes técnicos que serão apresentadas a seguir foram elaboradas com dados fornecidos por extensionistas, pesquisadores e técnicos de empresas privadas que atuam nas principais regiões de produção e por produtores de cebola. Os coeficientes servem para o cálculo dos custos diretos para a produção, nas principais regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Bahia e Pernambuco, para os métodos de transplante (Tabelas 29 e 30) e semeadura direta (Tabela 31). Por isso, constam somente os itens relativos aos insumos e serviços para o preparo do solo até a colheita e para o recolhimento dos bulbos ao galpão para armazenamento ou para beneficiamento para comercialização.
Tabela 29. Coeficientes técnicos para produção de mudas para 1 (um) hectare, pelo método de transplante de mudas.
Insumos
Unidade1
Estados
RS2
SC3
SP4
BA/PE5
Sementes
kg
2
2
1,8
2
Corretivos
kg
300
100
60
-
Matéria orgânica
kg
2.000
500
300
-
Adubo para plantio
kg
100
60
45
200
Adubo para cobertura
kg
50
20
6
1,5
Adubo corretivo
kg
-
20
-
-
Serragem
m3
-
3
-
-
Serragem
t
-
-
6
-
Herbicidas
l
1,5
0,25
0,05
-
Inseticidas
l
0,5
0,05
0,5
0,2
Fungicidas
kg
1
1,3
1
0,2
Espalhante/adesivo
l
0,5
0,1
-
0,1
Adubo foliar
l
-
-
0,6
0,2
Serviços 6





Limpeza da área
dh
-
-
-
0,25
Aração
hm
0,5
0,5
-
0,3
Gradagem
hm
0,5
1
-
0,2
Dist./incorporação calcário
dh
-
-
0,25
-
Dist./incorporação mat. orgânica
hm
0,5
0,5
0,5
-
Dist./incorporação adubo
hm
0,5
0,5
0,5
1
Construção canteiros
hm
0,5
-
2
-
Construção canteiros
dh
-
1,5
-
-
Semeação
dh
0,3
0,3
0,5
1
Aplicação herbicidas
dh
0,6
0,4
-
-
Cobertura morta canteiros
dh
-
-
0,5
-
Irrigações
dh
-
1
1
1
Pulverizações
dh
-
1,6
1
1
Adubação cobertura
dh
0,6
0,1
0,25
0,25
Capinas
dh
2
1,5
2
0,5
1 hm = hora máquina; dh = dia homem.
Fonte da informação: 2 Emater-RS e Embrapa Clima Temperado; 3 ICEPA; 4 Cooxupé e IEA; 5 Embrapa Semi Árido e EBDA.
6 Área de sementeira (em m2) para transplante de 1 (um) hectare: RS = 200; SC = 800; SP = 300; BA/PE = 300.
Produtividade esperada (t/ha): RS = 20; SC = 35; SP = 35; BA/PE = 18.
Tabela 30. Coeficientes técnicos para implantação de 1 (um) hectare de cebola pelo método de transplante de mudas.
Insumos
Unidade1
Estados
RS2
SC3
SP4
BA/PE5
Corretivo
t
1,5
1
1
2
Matéria orgânica
t
-
-
5
-
Adubo para plantio
t
0,5
1
1,5
0,8
Adubo para cobertura
kg
200
150
400
300
Herbicidas
l
5
4
4
4
Inseticidas
l
2
2,6
6,2
6
Fungicidas
kg
5
19
42
6
Espalhante adesivo
l
2
1,8
-
1
Adubo foliar
kg
5
12
60
5
Adubo corretivo
un
-
200
-
-
Sacos
un
1.000
1.800
800
900
Barbante

20
40
10
12
Serviços





Limpeza da área
dm
-
-
2
-
Aração
hm
3
5
6
4
Gradagem
hm
2
1
1
1,5
Conservação do solo
hm
-
-
1,5
-
Dist./incorporação corretivo
hm
2
2
2
-
Dist./incorporação mat. orgânica
hm
-
-
6
-
Dist./incorporação adubo
hm
2
2
-
-
Construção canteiros
dh
-
-
-
8
Construção canteiros
hm
2
-
-
-
Sulcamento/adubação
hm
-
2
2
-
Incorporação adubo
dh
-
-
-
0,6
Aplicação herbicidas
hm
-
1,6
1
-
Aplicação herbicidas
dh
2
-
-
5
Arranquio e preparo das mudas
dh
40
3
35
40
Plantio
dh
-
45
14
22
Irrigações
dh
-
4,5
-
-
Irrigações
hm
10
36
-
24
Pulverizações
dh
5
15
15
15
Pulverizações
hm
14
-
2
-
Adubação cobertura
dh
-
-
-
-
Adubação cobertura
hm
4
1
-
-
Adubação foliar
dh
-
-
-
-
Capinas
dh
-
2
-
-

Colheita






Afofamento do solo
hm
2
-
-
-
Arranquio/arrumação das plantas
dh
10
8,5
20
10
Toalete/ensacamento dos bulbos
dh
5
35
40
40
Transporte para o galpão
dh
10
16
6
6
Transporte para o galpão
hm
10
16
10


1 hm = hora máquina; dh = dia homem.
Fonte da informação: 2 Emater-RS e Embrapa Clima Temperado; 3 ICEPA; 4 Cooxupé e IEA; 5 Embrapa Semi Árido e EBDA.
Produtividade esperada (t/ha): RS = 20; SC = 35; SP = 35; BA/PE = 18.

Tabela 31. Coeficientes técnicos para implantação da cultura para o cultivo pelo sistema de semeio direto.
Insumos
Unidade1
Estados
SP2
GO2
Sementes
kg
5
4
Corretivos
t
-
3
Adubo para plantio
t
1
4
Adubo para cobertura
t
1
0,7
Herbicidas
l
4,5
1
Inseticidas
l
8
8
Fungicidas
kg
97
30
Espalhante adesivo
l
0,2
0,2
Adubo foliar
l
-
17
Sacos
un
1.000
4.000
Barbante
un
10
30
Serviços



Aração
hm
1,6
4
Gradagem
hm
3
1
Dist./incorporação adubo
hm
1
1,5
Semeação
hm
0,48
2
Aplicação herbicidas
hm
1
3
Irrigações
hm
48
30
Pulverizações
hm
15
25
Adubação cobertura
dh
8
2
Colheita



Afofamento do solo
hm
1
1
Arranquio/arrumação das plantas
dh
10
10
Toalete/recolhimento dos bulbos
dh
40
60
Carga horária
dh
10
8
1 hm = hora máquina; dh = dia homem.
2 Fonte da informação: Empresa produtoras.
Produtividade esperada (t/ha): GO = 50; SP = 40.
Capacidade do saco (kg): GO = 20; SP = 45.

Para o preparo dos bulbos para comercialização
No preparo para a comercialização, os bulbos passam pelas operações de limpeza, seleção, classificação, ensacamento, substituição de sacos, pesagem, costura da boca do saco e empilhamento ou paletização. As operações de limpeza, classificação e ensacamento são feitas pela máquina classificadora. Já as operações de alimentação da esteira da classificadora, seleção, substituição de sacos, pesagem e costura da boca do saco são feitas com a participação de operários. A necessidade de operários para o beneficiamento depende da capacidade da máquina beneficiadora (Tabela 32).
As máquinas classificadoras são instaladas de acordo com o volume de bulbos a serem beneficiados e por isso somente grandes produtores e empresas dispõe das mesmas.
Tabela 32. Necessidade de operários para o preparo dos bulbos para comercialização.

Operações

Capacidade de máquina (sacos/hora)
100
500
Alimentação da esteira
1
4
Seleção
3
20
Substituição dos sacos
1
10
Pesagem
1
5
Costura da boca
1
5
Pequenos e médios produtores comercializam suas produções sem o beneficiamento ou pagam por este serviço, que em geral é feito pelos comerciantes atacadistas.
Custos de produção e rentabilidade


Para o cálculo dos custos de produção e rentabilidade, além dos coeficientes técnicos que compõe os custos variáveis da cultura, é necessário levar em conta outros parâmetros de custos variáveis e fixos. Nos custos variáveis devem ser incluídos os valores referentes ao uso da terra, juros sobre financiamentos, despesas de comercialização, assistência técnica, seguros e como fixos impostos e taxas, remuneração do capital ou da terra, manutenção e depreciação de benfeitorias e máquinas, etc.