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domingo, 24 de dezembro de 2017

Cultivares de Cebola



Cultivares

A produção de cebola no Brasil é baseada em cultivares de polinização livre e híbridas. As cultivares do tipo "Baia Periforme" possuem, em geral, adaptação ampla; resistência a doenças foliares boa; conservação pós-colheita boa; teor de matéria seca alto e; sabor, odor e pungência acentuados.
Cultivares do tipo "Crioula" são adaptadas principalmente à Região Sul do Brasil e possuem, entre outras qualidades, bulbos de cor amarela escura, pungência alta e excelente conservação pós-colheita.
As cultivares híbridas possuem maior uniformidade do que as de polinização livre e, por conseguinte, toleram densidade de plantio maior, apresentam uniformidade de bulbificação e produtividade maiores.
As cultivares disponíveis no Brasil (Tabela 1) visam atender as exigências do consumidor brasileiro que prefere bulbos de tamanho médio (50-90 mm de diâmetro), de formato globular, com catáfilos (escamas) externos de cor amarela e internos de cor branca e sabor pungente. Cultivares de bulbos arroxeados estão basicamente restritas ao Nordeste Brasileiro.
O mercado ainda é limitado para as cebolas de sabor suave e doce, preferidas para saladas, e para cebola brancas, preferidas pela indústria.
A maioria das cultivares disponíveis são para semeio de final de verão a meados de outono e colheita de agosto a novembro, época considerada ideal para o cultivo de hortaliças em condições de campo no Brasil.
O cultivo de verão (semeio em final de primavera a início de verão) tem como principal inconveniente a bulbificação sob altas temperaturas, chuvas excessivas e maior incidência de doenças, pragas e plantas daninhas. As cultivares Alfa Tropical e BRS Alfa São Francisco, ambas disponibilizadas pela Embrapa, são as únicas para plantio no verão e possuem bom nível de resistência às doenças antracnose e mancha púrpura.
As cultivares Baia Periforme, Baia Periforme Precoce, Baia Periforme Super Precoce, Primavera e Piraouro são adaptadas ao processo de produção por bulbinhos.
Para atender a indústria de processamento, a Embrapa Hortaliças disponibilizou em 1998 a cultivar Beta Cristal, com elevado teor de sólidos solúveis, de escamas brancas e bastante pungentes. Além de adequada para desidratação e produção de pasta, pode ser usada para a indústria de conservas.

Tipos de Cebola

Para armazenamento – são cebolas geralmente menores, mais firmes e mais pungentes, e possuem em geral escamas protetoras bem aderidas, resistência alta a doenças de pós-colheita e longo período de dormência, resistindo a vários meses de armazenamento. Devido ao seu sabor forte, são usadas principalmente para dar sabor a alimentos cozidos. Os programas de melhoramento de cebola no Brasil tradicionalmente têm concentrado esforços no desenvolvimento de cultivares para este fim.
Para salada - são cebolas geralmente maiores, mais macias, mais "adocicadas", de sabor suave, de textura crocante e preferencialmente de centro único. Possuem período de comercialização curto devido ao período de colheita e de vida pós-colheita curtos. Pelas suas características, são preferidas para serem consumidas em saladas. De modo geral, cebolas suaves e doces são aquelas que possuem menos que 4 mmol de ácido pirúvico/g de massa fresca e pelo menos 6% de açúcar.
Para processamento – são cebolas com teor alto de matéria seca, pungência alta, teor baixo de açúcares redutores e de polpa e escamas brancas. Possuem estas características, de modo a se ter alto rendimento industrial de um produto de alta qualidade. São cebolas utilizadas pelas indústrias de processamento para a produção de pasta de cebola, cebolas desidratadas e cebolas em conserva, além de outros produtos.


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