Páginas

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Cultivo da Anredera (espinafre-gaúcho, bertalha-coração)



Anredera (Anredera cordifolia)
NOMES POPULARES: ora-pro-nóbis sem espinho, espinafre-gaúcho, bertalha-coração

Os tubérculos aéreos são comestíveis e também é o material de propagação da planta. Adapta-se muito bem ao sistema de agrofloresta, porque se desenvolve melhor em lugares sombreados e úmidos. Como é uma trepadeira, pode-se plantar ao lado de árvores que servirão como tutor para a planta.

Hortaliça folhosa, perene e trepadeira, a anredera pertence à família Basellaceae. Ela é originária da América do Sul subtropical e ocorre em sub-bosque na Mata Atlântica. 
A planta possui folhas arredondadas e suculentas, em forma de coração, e inflorescências em cachos, com flores pequenas e brancas. Produz pequenos tubérculos aéreos (estruturas de reserva) em cada axila das folhas e, em maior concentração e tamanho, na base das plantas.


Plantio
Desenvolve-se melhor em temperaturas amenas, entre 15 °C e 25°C, nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Apresenta desenvolvimento inicial lento. Deve ser cultivada em solos ricos em matéria orgânica e de fertilidade mediana a alta. Os tubérculos aéreos (propágulos) são plantados diretamente no local definitivo, em covas orientadas em linhas para tutoramento em espaldeira, no espaçamento de 2 m a 3 m entre linhas por 1 m
a 2 m entre plantas.
O revolvimento do solo deve ser restrito às covas de plantio, deixando o solo protegido por uma cobertura de vegetação espontânea ou com palhada de cultivos anteriores, geralmente gramíneas e leguminosas. Recomenda-se adubação orgânica com 0,5 kg/m-² a 1,0 kg/m-² de composto orgânico.

É preciso irrigar de duas a três vezes por semana, fazer adubações de cobertura periódicas com 0,5 kg/m-² a 1,0 kg/m-² de composto orgânico 2 a 4 vezes ao ano e, sempre que necessário, capinar junto às plantas e roçar nas entrelinhas.
Desenvolve-se muito bem quando plantada em sistemas agroflorestais por ser uma planta perene. A colheita das folhas é feita, geralmente, a partir de 4 ou 5 meses após o plantio, assim que as plantas atingem entre 1,5 m e 2,0 m de haste.


Conservação e usos

A produtividade média mensal pode variar entre 100 e 200 gramas por planta. As folhas macias e suculentas são ricas em minerais, especialmente ferro, cálcio e zinco. 
Elas também apresentam boa fonte de proteína e fibras, 22 % e 27 % em base seca, respectivamente. As folhas podem ser consumidas cruas em saladas, refogadas ou cozidas em combinação com outras hortaliças e carnes, e como ingrediente para bolos e pães. Os tubérculos aéreos, inclusive aqueles formados no colo da planta, podem também ser consumidos cozidos ou fritos. A vida útil, assim como a maioria das folhosas, é curta, devendo ser
consumida logo após a colheita, ou colocadas em embalagens plásticas e armazenadas sob refrigeração, mas por períodos curtos de tempo, de 3 a 5 dias.

Receitas

Omelete de anredera


Ingredientes

2 ovos
5 folhas de anredera
Queijo ralado, cebola, óleo e sal a gosto

Modo de preparo

1. Após lavar, corte as folhas de anredera em tiras finas.
2. Bata os ovos levemente e adicione as folhas cortadas, o queijo ralado e o sal. Misture tudo.
3. Aqueça um pouco de óleo em uma frigideira e despeje a mistura. Deixe fritar e dourar dos dois lados. Enrole para uma melhor apresentação.


quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Cultivo do Amaranto e Caruru



Amaranto e caruru

O gênero Amaranthus inclui várias espécies, mas como hortaliças folhosas ressaltam-se duas: o caruru, que já foi muito utilizado em complementação à alimentação de porcos, e o amaranto, similar ao caruru, porém de porte mais ereto. Ambas as espécies apresentam um alto valor nutritivo e representam uma excelente alternativa em períodos de escassez de hortaliças folhosas.

Hortaliças herbáceas e anuais, da família Amaranthaceae, o caruru e o amaranto são nativos da América do Sul tropical.
Apresentam crescimento ereto com até 2 m (amaranto) de altura ou subprostrado com até 1,5 m (caruru). Muitas vezes são consideradas espécies infestantes, devido a ampla adaptabilidade e rusticidade. As folhas, utilizadas no preparo de refogados, possuem consistência tenra e coloração esverdeada, por vezes com nervuras violáceas ou manchas escuras.
 As flores aglomeram-se em espigas verde-pálido no ápice das plantas e nas axilas das folhas e o caule e as raízes são avermelhados. As sementes são pretas e brilhantes, produzidas em grande número. No caso de variedades de amaranto selecionadas para consumo de grãos, as sementes são brancas.



Amaranto (Amaranthus cruentus)
Caruru (Amaranthus deflexus)
NOMES POPULARES: Caruru- de-porco, caruru-rasteiro, bredo

Plantio
Reproduzem-se por sementes, de modo fácil e intenso. Essas espécies podem ser cultivadas o ano todo,desde que haja disponibilidade de água para o estabelecimento das plantas nas fases iniciais da cultura. 
O sistema radicular vigoroso e o ciclo curto conferem alta tolerância a estresses hídricos. 
O plantio pode ser feito em canteiros, com semeio a lanço e  incorporação superficial das sementes, ou em linhas espaçadas de 0,5 m - 0,6 m com 10 - 20 plantas por metro linear. 
Deve-se capinar e irrigar sempre que necessário. A colheita como hortaliça folhosa deve ser feita quando as plantas atingirem de 25 cm a 40 cm de altura, enquanto ainda bem tenras, arrancando-se as plantas e cortando as raízes. 
As plantas florescem em torno de 45 a 50 dias após o plantio e a colheita de sementes, muito apreciada no caso de algumas variedades de amaranto, é feita entre 90 e 100 dias após o plantio.

Conservação e usos
São plantas bastante ricas em termos nutricionais, com teores significativos de minerais, em especial ferro e cálcio, e boa fonte de proteína, com até 29 % na matéria seca. 
As folhas devem ser colhidas de preferência bem jovens, antes da emissão das inflorescências, quando ainda estão tenras e macias. A vida útil, assim como a maioria das folhosas, é curta, devendo ser consumida logo após a colheita ou colocadas em embalagens plásticas e armazenadas sob refrigeração, mas por períodos curtos de tempo. As sementes servem como ingrediente na fabricação de pães.

O projeto
O caruru e o amaranto estão sendo estudados no âmbito do projeto “Avaliação agronômica, caracterização nutricional e estudo da vida útil de hortaliças não convencionais”, da Embrapa Hortaliças, que busca tornar acessíveis as informações sobre essas espécies com o intuito de fomentar a produção, o consumo e a comercialização. Outras espécies estudadas são: almeirão-deárvore,
anredera, azedinha, beldroega, bertalha, capuchinha, cará-do-ar, fisális, jambu, major-gomes, mangarito, maxixe-do-reino, muricato, orapro-nóbis, peixinho, serralha, taioba e vinagreira.

Receitas:


Bolinho de caruru

Ingredientes
100 g de caruru (ramos jovens)
1 cebola média
200 g de mandioca cozida e amassada
Sal a gosto

Modo de preparo
1. Corte os ramos de caruru e refogue rapidamente no azeite.
2. Misture o refogado na mandioca amassada.
3. Modele os bolinhos e aperte-os para achatar.
4. Frite em azeite em panela antiaderente até ficar dourado
dos dois lados.


sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Aboboras: Como comprar, conservar, consumir



A abóbora é uma cultura muito difundida no Brasil. Originária na América, era parte da base de alimentação das civilizações Asteca, Inca e Maia. 
Pertence à família Cucurbitácea, a mesma da melancia, do melão, do chuchu e do pepino. A abóbora é um fruto rico em vitamina A. Também fornece vitaminas do complexo B, cálcio e fósforo. Tem poucas calorias e é de fácil digestão.

Como comprar

Existem vários formatos, tamanhos e cores de frutos, todos com casca bem grossa e dura. 
As abóboras mais facilmente encontradas são a abóbora seca (frutos grandes de até 15kg), o tipo Baianinha (frutos pequenos de pescoço e casca rajada) e abóbora japonesa ou Kabotiá (fruto com gomos, como a moranga, mas de casca verde-escura).
Os frutos devem apresentar-se com a casca sem brilho. Casca com brilho indica que estes foram colhidos muito novos ou não amadureceram totalmente e são de menor qualidade quando comparados aos frutos totalmente maduros. Prefira frutos sem machucados e ferimentos e sem sinais de mofo ou podridão.
Manuseie os frutos com cuidado. Apesar de parecerem resistentes ao manuseio, os frutos apodrecem mais rapidamente a partir dos pontos onde foram machucados, mesmo que estes não sejam aparentes.

Como conservar

A abóbora é uma hortaliça muito versátil, podendo ser consumida em diferentes formas como saladas, cozidos, refogados, sopas, curau, purê, pães, bolos, pudins e doces. 
As sementes podem ser torradas e consumidas como aperitivo, sendo além de saborosas, muito ricas em nutrientes, especialmente ferro. Lave bem as sementes, seque-as em um pano limpo ou papel absorvente, tempere com sal e leve ao forno quente por cerca de 40 minutos.
Mexa de vez em quando para que fiquem torradas por igual.
Para fazer doces em pasta, em calda ou cristalizado, dê preferência à abóbora seca (de frutos grandes). Para pudins e curau os três tipos podem ser utilizados. 
Para pratos salgados, a abóbora japonesa é a mais indicada por ter a polpa mais enxuta.
O descongelamento pode ser feito em condição ambiente, na parte baixa da geladeira ou durante o preparo do prato.
Os frutos podem ser mantidos por cerca de 3 meses após a colheita, em condição ambiente, em local fresco e seco. Mantenha os frutos com cabinho, pois assim se conservarão por mais tempo.

Como consumir

A abóbora seca comprada em picada em pedaços grandes e com casca tem menor durabilidade que a abóbora inteira, e deve ser conservada em geladeira, envolvida com plástico, por até uma semana.
Para congelar, corte a abóbora em cubos ou fatias. Faça o pré-cozimento em água fervente por 3 minutos ou em microondas por 4 minutos. Acondicione em saco plástico, retire o ar com uma bombinha de vácuo e leve ao congelador. 
A abóbora também pode ser congelada na forma de purê.

Pudim de abóbora


Ingredientes:

1. Reserve a clara, bata no liquidificador os demais
ingredientes, até formar uma
mistura homogênea.
.1 lata de leite condensado
.A mesma medida de leite
.1 xícara (chá) de abóbora cozida
.2 colheres rasas (sopa) de amido de milho
.3 gemas
.3 claras batidas em neve

Modo de fazer:

1. Reserve a clara, bata no liquidificador os demais ingredientes, até formar uma mistura homogênea.
2. Coloque a massa em uma vasilha e junte as claras, misturando levemente.
3. Caramelize a forma com açúcar, coloque a mistura nesta forma. Asse em banho-maria, em temperatura média, ou cozinhe em forma própria para pudim.

Tempo de preparo: 45 minutos
Rendimento: 10 porções
Sugestão: o pudim pode ser enriquecido com duas colheres de coco ralado.

Macarrão ao molho de abóbora


Ingredientes:

.1 colher (sopa) de óleo
.1 cebola média, picada em pedacinhos
.1 dente de alho amassado
.1 xícara (chá) de requeijão cremoso
.3 xícaras (chá) de abóbora cozida e amassada
.250 g de macarrão tipo parafuso cozido al dente
.1 xícara (chá) de água
.1 xícara (chá) de cheiro verde picado
.Sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de fazer:

1. Coloque na panela o óleo e refogue a cebola, o alho e em seguida acrescente a abóbora
amassada e a água e mexa bem.
2. Junte o requeijão, o sal e a pimenta, misture bem e deixe ferver até formar um creme homogêneo.
3. Junte o cheiro verde, misture bem e desligue o fogo.
4. Numa travessa coloque o macarrão e jogue por cima o molho. Sirva quente.

Tempo de preparo: 30 minutos
Rendimento: 5 porções
Sugestão: o requeijão pode ser substituído por creme de leite.




quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Cultivo do Almeirão-de-árvore (Lactuca canadensis )


Almeirão-de-árvore (Lactuca canadensis )

NOMES POPULARES: Almeirão-roxo, almeirão-do-mato, Língua de vaca.

Hortaliça folhosa da família Asteraceae, a planta é anual, ereta e vigorosa, podendo atingir 2,0 m de altura. 
O almeirão-de-árvore é nativo da América do Norte, sendo porém encontrado de norte a sul do Brasil. Apresenta folhas lanceoladas, por vezes lobadas ou repicadas, verde-claras lisas ou com nervuras roxas (variegadas). 
Tem inflorescências em capítulos, flores amarelas e sementes pretas.

A almeirão-de-árvore está sendo estudada no âmbito do projeto “Avaliação agronômica, caracterização nutricional e estudo da vida útil de hortaliças não convencionais”, da Embrapa Hortaliças, que busca tornar acessíveis informações sobre essas espécies com o intuito de fomentar a produção, o consumo e a comercialização. Outras espécies estudadas são: amaranto, anredera, azedinha, beldroega, bertalha, capuchinha, cará-do-ar, caruru, fisális, jambu, major-gomes, mangarito, maxixe-do-reino, muricato, ora-pro-nóbis, peixinho, serralha, taioba e vinagreira.



Plantio

Adapta-se a vários tipos de solo, desde que bem drenados, não compactados e com bom teor de matéria orgânica. 
O plantio é feito em canteiros com 1,0 m a 1,2 m de largura por 10 cm a 15 cm de altura. 
A propagação é feita por sementes, produzindo mudas em sementeiras no solo, em copinhos de jornal ou em bandejas, nos quais as mudas se desenvolvem até alcançarem as características necessárias para o transplante. 
O plantio definitivo ocorre em canteiros, utilizando-se o espaçamento de 30 cm a 40 cm x 30 cm a 40 cm. Também é comum em hortas caseiras o cultivo de plantas espontâneas de almeirão-de-árvore originadas a partir de sementes que caem ao solo. Nesse caso, é recomendado selecionar as plantas mais vigorosas, com boa produção de folhas, para florescimento e coleta de sementes.
O plantio pode ocorrer durante o ano todo em regiões de clima ameno e, de março a outubro, em regiões mais quentes, com temperatura média acima de 25 °C. No geral, recomenda-se o cultivo em períodos com temperaturas menos elevadas. 
A colheita é feita a partir de 60 a 70 dias após o transplante, quando as folhas atingem de 20 cm a 30 cm de comprimento. 
Elas devem estar tenras, firmes e sem sinais de murchamento ou pontos escuros. 
É feita a retirada das folhas, mantendo-se pelo menos 3 ou 4 folhas por planta para que ocorra uma melhor recuperação da planta. 
A colheita deve ser realizada de baixo para cima, estendendo-se por semanas, ou até meses, dependendo das condições climáticas e do estado vegetativo e fitossanitário da cultura. 
A produtividade varia de 20 a 40 toneladas por hectare.

Conservação e usos

As folhas macias são ricas em minerais, especialmente potássio e cálcio. Elas também apresentam boa fonte de proteína e fibras, 18 e 30% em base seca, respectivamente.
Em condição ambiente, as folhas devem ser mantidas depois da colheita com a parte basal em uma vasilha com água e em lugar fresco e arejado. O almeirão-de-árvore pode ser armazenado por cerca de três dias na geladeira, embalados em sacos plásticos ou em um recipiente fechado. As folhas de plantas novas são mais
suaves e saborosas, podendo ser consumidas cruas. No entanto, a forma de consumo mais comum são folhas refogadas ou cozidas.
Também pode ser preparado com feijão e arroz ou como recheio de bolinhos.

Receita:

Farofa de almeirão-de-árvore

Ingredientes

5 folhas de almeirão-roxo
2 ovos
Farinha de milho
Óleo, alho e sal a gosto

Modo de preparo

1. Lave as folhas do almeirão-de-árvore e corte-as em tiras médias.
2. Em uma panela, refogue o alho no óleo, acrescente as folhas e deixe cozinhar por até três minutos.
3. Em seguida, adicione os ovos e o sal e cozinhe por mais dois minutos.
4. Adicione a farinha de milho e misture os ingredientes.

VEJA TAMBÉM





quarta-feira, 9 de outubro de 2019

RECEITAS TERAPÊUTICAS COM GENGIBRE



Neste ponto, ressalta-se o valor popular que e dado ao gengibre como um importante produto muito utilizado na fitoterapia.
Assim, busca-se, a seguir, organizar um pouco desse conhecimento popular de grande aplicação com os rizomas do gengibre, disponibilizando informações acerca de seu uso fitoterápico.

Composto para pressão baixa

Ingredientes:
• 1 litro de vinho licoroso ou tinto seco
• 1 colher (sopa) de noz-moscada ralada
• 3 colheres (sopa) de rizoma de gengibre ralado
• 2 colheres (sopa) de cravo-da-índia
• 6 paus de canela

Preparo: Adicionar ao litro de vinho o cravo, a canela, a noz-moscada e o gengibre. Deixar em infusão por dez dias, agitando o conteúdo do litro duas vezes ao dia. Em seguida, coar e acondicionar em vidro âmbar (escuro).

Dose recomendada: Um cálice pequeno duas vezes ao dia, ou quando necessário.

Composto estimulante sexual (afrodisíaco)

Ingredientes:
• 20g de raiz de fafia* ralada
• 20g de rizoma de gengibre ralado
• 20g de semente de sucupira
• 20g de casca de oleo-vermelho
• 20g de “no-de-cachorro” (arvore de mangue) ou 20g de cipo-cravo
• 1 litro de cachaça
*Fafia: Pfaffia glomerata, familia Amaranthaceae. Nomes comuns na regiao: novalgina e ginseng-brasileiro.

Preparo: Colocar cada ingrediente (20g) em 200 ml de cachaça. Deixar em infusao durante oito a dez dias. Coar em filtro de papel, misturar e acondicionar em vidro âmbar (escuro).

Dose recomendada: Uma colher de sobremesa ao deitar.

Observação: Em casos de alteração na pressão, suspender o uso.

Cristais de gengibre (para enjoo e pressão baixa)

Ingredientes:
• 2 rizomas médios de gengibre
• 2 colheres (sopa) de sal
• . litro de água
• Caldo de um limao (opcional)

Preparo: Descascar o gengibre e cortar em cubinhos. Colocar de molho na solução com agua, sal e limão e deixar por 30 minutos. Escorrer a agua, colocar em uma peneira e cobrir com um véu (tule). Mexer de vez em quando ate que o gengibre fique bem seco. Armazenar em pequenos frascos tampados e em locais frescos.

Recomendação: Mascar os cristais quando necessario.

Chá por decoção (para resfriados, gripes, rouquidão e dor de garganta)

Ingredientes:
• 2 colheres (sopa) medias de rizoma de gengibre
• 800 ml de agua
• Mel a gosto (opcional)

Preparo: Ralar o rizoma do gengibre, acrescentar a agua e ferver por cinco a dez minutos, em fogo baixo, com a panela tampada. Retirar do fogo e deixar por dez minutos em repouso. Em seguida, coar em coador de pano.

Recomendação: Para resfriados, gripes e rouquidão, beber o cha durante o dia, puro ou adoçado com mel. Para dor de garganta, utilizar o cha em gargarejo, quatro vezes ao dia.

Observação: O rizoma do gengibre também pode ser utilizado no cafe quente ou mascado aos pedacinhos in natura, durante o dia.

Xaropes (para resfriados, gripes e rouquidão)

• Xarope A

Ingredientes:

• 10 folhas de hortelã-pimenta (Coleus amboinicus)
• 2 colheres (sopa) de rizoma de gengibre ralado
• 1 cebola pequena
• 10 colheres (sopa) de mel
• 300 ml de água

Preparo: Colocar os ingredientes em uma panela esmaltada e deixar ferver durante 15 minutos. Em seguida, coar e acondicionar em vidro âmbar com tampa.

Recomendação: Beber meio copo três vezes ao dia.

• Xarope B

Ingredientes:

• 1 pedaço (± 5 cm) de rizoma de gengibre
• 3 limões-galego
• . kg açúcar mascavo
• 1 litro de água

Preparo: Amassar bem o rizoma de gengibre e colocar em uma panela esmaltada com a água os limões cortados “em cruz” e o acucar mascavo.
Deixar ferver ate formar o ber uma colher de sopa, quatro vezes ao dia. Para crianças, mini xarope e coar em filtro de papel.

Recomendação: Betrar a metade da dose.

• Xarope C

Ingredientes:

• 200 ml de tintura de gengibre (EA 10%)
• 800 gramas de açúcar mascavo
• 400 ml de água

Preparo: Fazer uma calda com o acucar e a agua e ferver (de preferencia em panela de barro, esmaltada, vidro ou de inox) ate dissolver o açúcar.
Deixar esfriar e misturar, vigorosamente, a tintura de gengibre ate que o xarope fique homogêneo.

Recomendação: Beber uma colher de sopa, quatro vezes ao dia. Para crianças, ministrar a metade da dose.
 : A calda pode ser substituída por um litro de mel.

Bala medicinal de gengibre

Ingredientes:

• 2 colheres (sopa) de rizoma de gengibre ralado
• 2 colheres (sopa) de mel
• 1 colher (sopa) de manteiga
• 1 . xicara de acucar mascavo
• 1 colher (cafe) de bicarbonato de sodio
• 1 copo americano de agua ou leite

Preparo: Misturar os ingredientes e levar ao fogo, em panela (de preferencia em panela de barro, esmaltada, vidro ou de inox) mexendo sempre com colher de pau. Tirar o ponto em agua (formação de bolinha dura). Retirar do fogo e mexer ate que esfrie. Despejar em tabua ou pedra de mármore, untada com manteiga. Formar rolinhos, cortar as balas e embrulhar em papel manteiga.

Cataplasma de gengibre e argila

Indicações: Uso externo para inflamações, nódulos, dores de garganta e dores nas articulações.

Ingredientes:

• 2 colheres (sopa) de rizoma de gengibre ralado
• 1/2 xícara de água
• Argila
A quantidade de chá de gengibre e argila dependem do tamanho da area afetada.

Preparo: Fazer um cha por infusao com o gengibre ralado. Quando amornar, coar e misturar o chá a argila ate a consistência cremosa.
Aplicar sobre o local afetado, deixar por uma hora e meia e lavar. Fazer o procedimento duas vezes ao dia.

Observação: Esta receita e utilizada pelo Grupo de Fitoterapia da Pastoral da Saude do Município de Venda Nova do Imigrante/ES desde 1989.









SOLO E PREPARO PARA A CULTURA DO GENGIBRE



SOLO E PREPARO 

Desenvolve-se bem em terrenos arenosos, leves, bem drenados e férteis. Contudo não deve ser cultivado seguidamente no mesmo lugar, pois sofre queda acentuada de produção (EMBRAPA, 2001). 
O cultivo gengibre requer ainda solos ricos em matéria orgânica. As maiores produtividades obtidas nas regiões produtoras dos Estados de São Paulo e Paraná foram constatadas em solos areno-argilosos, friáveis, bem drenados. 
A cultura prefere solos que apresentam pH entre 5,5 até 6,5. A correção utilizando-se calcário é feita no mínimo três meses antes do plantio, devendo ser realizada caso o pH estiver abaixo do valor recomendado. A acidez do solo deve ser corrigida elevando-se o índice de saturação por bases a 50%. No plantio, deve-se aplicar 20 Kg/ha de N e, de acordo com a análise de solo, 60 a 240 Kg/ha de P2O5 e 40 a 120 Kg/ha de K2O. Em cada três amontoas, incorporar 30 Kg/ha de N e 70 Kg/ha de K2O.  
Em caso de cultivo orgânico recomenda-se a utilização de 15t de composto/ha, sendo que a adubação deve ser parcelada da seguinte maneira: 
- 5t/ha no plantio, 5t/ha na primeira cobertura, antes da primeira amontoa (90 dias) e 5t/ha na segunda cobertura, antes da terceira amontoa (150 dias). 
No plantio o composto deve ser espalhado no fundo do sulco sendo necessários 600g por metro de sulco, quando o espaçamento entre linhas for de 1,20m e 700g por metro de sulco, no espaçamento de 1,40m. 
O preparo do solo tem grande importância na qualidade e produtividade do gengibre. O terreno deve ser bem preparado, de forma a eliminar os torrões muito grandes no solo. O plantio deve ser feito em sulcos e sua profundidade deve ser de 10 a 15cm, dependendo do tamanho dos rizomas-sementes 
O preparo do solo tem grande importância na qualidade e produtividade do gengibre. O terreno deve ser preparado, de forma a eliminar os torrões muito grandes no solo. 
A cultura do gengibre é melhor em terrenos arenosos, leves, drenados e ricos em matéria orgânica, e solos que apresentam pH entre 5,5 e 6,5. A correção, utilizando-se calcário, é feita três meses antes do plantio, devendo ser realizada caso o pH esteja abaixo do valor recomendado de acordo com a análise do solo. A acidez do solo deve ser corrigida elevando-se o índice de saturação por bases a 50% (GONZAGA; RODRIGUES, 2001). 
No plantio, deve-se aplicar 30 kg/ha de N parcelados em 30, 60 e 90 dias; e, de acordo com a análise de solo, 60 kg/ha a 240 kg/ha de P2O5 e 40 kg/ha a 120 kg/ha de K2O. Em caso de cultivo orgânico, recomenda-se a utilização de 15 t de composto/ha (esterco de gado + húmus de minhoca + terra na proporção 1:1:1) sendo que a adubação deve ser parcelada da seguinte maneira: 5 t/ha no plantio, 5 t/ha na primeira cobertura aos 90 dias e 5 t/ha na segunda cobertura aos 150 dias.


terça-feira, 1 de outubro de 2019

CLIMA E SOLO PARA O GENGIBRE



CLIMA E SOLO PARA O GENGIBRE

Clima

A planta do gengibre e adaptada a climas quentes e umidos, do tropical ao subtropical, com temperaturas variando de 25 a 30°C, com media acima de 21°C e precipitacao anual em torno de 1.500mm. 
Os rizomas se desenvolvem melhor em solos de textura argilo-arenosa, bem drenados, de elevada fertilidade e ricos em materia organica, solos argilosos e compactados podem deformar os rizomas.

O gengibre é uma planta de climas subtropicais e tropicais, podendo ser cultivado na faixa de temperatura indo de 17°C a 35°C. A planta prefere alta umidade relativa do ar. Em climas um pouco mais frios, o gengibre pode ser cultivado nos meses quentes do ano, precisando de proteção nos meses em que há temperaturas mais baixas.
Gengibre é uma planta tropical que não sobrevive a geadas. Inicie o cultivo da planta na última geada da primavera ou no início da estação de chuvas, caso você viva nos trópicos.  
Caso você viva em um clima com curta estação de crescimento, pode cultivar a planta em espaços fechados.

Luminosidade

Esta planta quando cultivada em área com reduzida insolação, desenvolve bem a parte aérea, mas seu rizoma fica reduzido. 

Solos:

Os solos preferidos são os de textura leve, bem drenados, para que não haja o apodrecimento dos rizomas pelo acúmulo de água.
Os rizomas se desenvolvem melhor em solos de textura argilo-arenosa, bem drenados, de elevada fertilidade e ricos em materia organica. 
Segundo citacoes de Elpo solos argilosos e compactados podem deformar os rizomas.