Fava (Phaseolus lunatus)
Podem apresentar hábito de crescimento determinado ou indeterminado.
Nomes comuns – fava, fava-de-lima, fava-terra, fava-belém, feijão-espadinho, feijão favona, feijão-fígado-de-galinha, feijão-mangalô, bonge.
Família botânica – Fabaceae.
Origem – Centro Sul Andino.
Variedades – O que ocorre na prática é a seleção e manutenção local de variedades feita pelos agricultores. Verifica-se grande variabilidade em tamanho e coloração, de branca a preta, passando por creme, amarela, vermelha, rajadas branca e vermelha, branca e preta, entre outras. No Nordeste brasileiro, onde há maior consumo de fava, destacam-se as seguintes variedades que são mantidas pelos próprios agricultores: amarela-cearense, boca-de-moça, branquinha, mororó, olho-de-ovelha, olho-de-peixe, orelha-de-vó, raio-de-sol, rajada vermelha, rajada preta.
Clima e solo – Adapta-se às mais diferentes condições ambientais, mas desenvolve-se melhor nos trópicos úmidos e quentes e em solos areno-argilosos, férteis e bem drenados.
Preparo do solo – Varia conforme o sistema de cultivo a ser adotado. No caso do sistema convencional, deve-se proceder a aração e gradagem, e em seguida efetuar o coveamento ou sulcamento e adubação, atentando-se sempre para a adoção de práticas conservacionistas. Já em relação ao plantio direto o revolvimento é restrito às covas ou sulcos de plantio, deixando o solo protegido por uma cobertura morta (palhada de cultivo antecessor, geralmente de gramíneas e leguminosas) entre as covas ou linhas de plantio.
Calagem e adubação – Quando necessário, efetuar a correção da acidez do solo com antecedência de 60 a 90 dias, e aplicar a quantidade e o tipo de calcário com base na análise de solo, buscando pH entre 5,6 e 6,8. A adubação também deve ser baseada nos níveis de nutrientes observados na análise de solo, utilizando-se no plantio adubo fosfatado e parte do adubo nitrogenado e potássico, além da adubação orgânica. Em não havendo recomendações específicas para fava, sugere-se seguir a recomendação de adubação para feijão-vagem, ou seja, até 280 kg/ha de P 2O5 , 120 kg/ha de K 2O e 150 kg/ha de N, fornecendo 30% do N e 50% do K no plantio e o restante em cobertura, aos 30 e 60 dias (COMISSÃO, 1999).
Plantio – O semeio deve ser feito no local definitivo, em covas ou sulcos. Sugere-se o espaçamento de 1,0 x 0,5-0,6 m para variedades de crescimento indeterminado e 0,6-0,7 x 0,15 m para variedades de crescimento determinado. Em regiões de clima tropical, pode-se plantar durante todo ano, desde que haja disponibilidade de água. Em regiões com inverno mais ameno, o semeio deve ser feito na primavera ou início do verão.
Tratos culturais – As recomendações para a cultura referem-se a realização de capina e irrigação, quando necessárias, e quando o cultivo for de variedades de crescimento indeterminado, o tutoramento semelhante ao utilizado para feijão-vagem. As pragas que mais afetam a fava são vaquinhas e pulgões. Já com relação a doenças, é suscetível a antracnose, ferrugem e fusariose, que infestam folhas, caules, frutos e sementes.
Colheita – No caso de consumo como hortaliça, as favas (vagens) deverão ser colhidas ainda imaturas, pouco proeminentes, para o aproveitamento de todo o fruto, o que ocorre a partir dos 40-50 dias após o plantio. Para ingestão das sementes ainda verdes, as quais devem ser debulhadas, para posterior consumo, a colheita ocorre partir dos 50-60 dias após o semeio. O rendimento pode chegar a 8 ton/ha. Na alimentação utilizam-se os frutos (vagens) verdes, ainda bem tenros, imaturos, em refogados; e os grãos debulhados, ainda verdes ou secos. Os grãos verdes são típicos na culinária nordestina.
Figura 49: Fava
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