google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 HORTA E FLORES: junho 2021

terça-feira, 22 de junho de 2021

PANCS: Major-Gomes (Talinum paniculatum) ou língua-de-vaca, benção-de-Deus

 

Major-Gomes (Talinum paniculatum)

Planta herbácea, ereta, suculenta, ramificada, com ramos de até 60 cm de altura. Interessante relato de agricultores do norte de Minas Gerais mostra que foi um dos únicos alimentos disponíveis na seca de 1963. Apresenta estrutura de reserva subterrânea, brotando no início da estação chuvosa. É normalmente coletada nos campos, sendo esporadicamente cultivada em hortas caseiras.

Nomes comuns – João-Gomes, língua-de-vaca, benção-de-Deus.

Família botânica – Portulacaceae.

Origem – Brasil, sendo encontrada em diferentes biomas, desde a Mata Atlântica do sul de Minas Gerais até o Cerrado de Tocantins ou do Oeste do estado de São Paulo.

Variedades – São plantas espontâneas, não sendo ainda comumente cultivadas; portanto, não há variedades sistematizadas. Observa-se, porém, variabilidade com relação a tamanho de folhas e coloração de flores (brancas, amarelas, rosadas e avermelhadas).

Clima e solo – Ocorre espontaneamente do interior de São Paulo ao estado de Tocantins. É extremamente rústica e adaptada a solos de baixa fertilidade.

Preparo do solo – Embora sejam comumente utilizadas como plantas espontâneas, iniciativas estão sendo feitas para o plantio de forma sistematizada em canteiros semelhantes aos usados para hortaliças folhosas como a alface.

Calagem e adubação – Por ser extremamente rústica e adaptada às condições de solo e clima do Brasil Central, produz em solos de baixa fertilidade e ácidos. Entretanto, responde quando conduzida em solos férteis e ricos em matéria orgânica.

Plantio – É feito por sementes, sugerindo-se o espaçamento de 0,2 x 0,2 m, mas também é viável a produção de mudas em bandejas. O plantio pode ser realizado o ano todo desde que com temperaturas superiores a 20ºC e sob condições de umidade.

Espontaneamente, brota no início do período chuvoso, entrando em dormência durante a estação seca.

Tratos culturais – Deve-se efetuar irrigação e capinas manuais quando necessário. Não há relatos da ocorrência de doenças importantes. Observa-se o ataque por pragas desfolhadoras, vaquinhas, idiamins ou gafanhotos.

Colheita e pós-colheita – Inicia–se cerca de 60 dias após a brotação ou semeadura, efetuando-se colheitas sucessivas da parte aérea por meses. As folhas carnosas (que tem até 5 cm de comprimento) são consumidas cruas quando novas ou refogadas.



sexta-feira, 18 de junho de 2021

Cultivo do Feijão-da-Espanha


Feijões-da-espanha Phaseolus coccineus

O feijão-da-espanha é uma trepadeira que pode ultrapassar a três metros de altura. A maioria das cultivares tem flores vermelhas e sementes rosadas ou rajadas, mas há cultivares com flores e sementes brancas, e cultivares com flores rosadas ou bicolores. Suas vagens imaturas e suas sementes em qualquer estágio de desenvolvimento podem ser consumidas cozidas, mas esta espécie também é muito apreciada como planta ornamental em jardins. Há também algumas poucas cultivares de porte baixo, que atingem apenas cerca de 40 cm de altura.

O feijão-da-espanha pode ultrapassar a três metros de altura

Clima
O feijão-da-espanha pode ser cultivado em regiões que apresentam temperaturas entre 14°C e 30°C. Em locais onde o inverno apresenta baixas temperaturas, este feijão é cultivado apenas durante os meses quentes do ano. Em regiões onde o inverno é ameno, esta planta é perene, podendo produzir por vários anos.

Luminosidade
Esta planta necessita de alta luminosidade, com luz solar direta pelo menos algumas horas por dia.
As flores do feijão-da-espanha são atraentes, por isso esta planta também é apreciada em jardins

Solo
Cultive em solo bem drenado, profundo, fértil e rico em matéria orgânica. O pH ideal do solo é de 6 a 7,5.

Esta planta pode formar uma associação simbiótica com bactérias conhecidas como rizóbios ou rhizobium, capazes de fixar o nitrogênio do ar no solo como amônia ou nitrato, provendo assim o nitrogênio necessário para a planta e ainda enriquecendo o solo com este nutriente.

Irrigação
Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, sem que fique encharcado.

Mudas de feijão-da-espanha. Note que os cotilédones não são visíveis, permanecendo enterrados no solo, diferindo do que ocorre com o feijão comum

Plantio
Semeie direto no local definitivo, a uma profundidade de aproximadamente 5 cm. Opcionalmente, as sementes de feijão-da-espanha podem ser pré-germinadas antes do plantio, deixando as sementes em um recipiente com papel-toalha ou papel mata-borrão umedecidos.
O espaçamento pode ser de 60 cm entre as linhas de plantio, com 15 cm entre as plantas para cultivo anual.

A maioria dos cultivares de feijão-da-espanha são trepadeiras e precisam de suportes

Tratos culturais
A maioria das cultivares de feijão-da-espanha são trepadoras e necessitam de um suporte com cerca de 2,4 m de altura ou mais, como por exemplo, varas de bambu, estacas de madeira, cercas, treliças ou caramanchões.
Retire as plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos.

Vagens do feijão-da-espanha

Colheita
A colheita pode começar de 90 a 120 dias após a semeadura, podendo variar com a cultivar plantada e as condições de cultivo. As vagens são colhidas quando bem desenvolvidas, com 15 a 25 cm de comprimento, mas ainda jovens e tenras, antes que as sementes comecem a inchar nas vagens. As sementes geralmente são colhidas quando as vagens estão completamente secas, embora também possam ser colhidas quando ainda estão imaturas.
Os feijões-da-espanha, tal como os feijões comuns, não devem ser consumidos crus, pois eles contêm fitohemaglutinina, uma lectina tóxica. O cozimento destrói esta substância.

O feijão espanhol, Phaseolus coccineus, é uma bela planta ornamental com flores brilhantes, mas também um bom vegetal com vagens e grãos saborosos.
Feijão espanhol, decorativo... e delicioso
Nas terras altas do México, há muito tempo atrás, Feijão espanhol é mais conhecido na França por sua floração do que por suas vagens. No entanto, estas vagens verdes longas podem para ser provado como um feijão verdequando os grãos começam a se formar, assim como os grãos, em "feijões secos"quando eles estão maduros. Até mesmo as flores são comestíveis!

Phaseolus coccineus é perene (pela sua raiz tuberosa), mas gelado. É, portanto, como uma planta anual que entra no jardim ou no jardim.

Sua haste retorcida pode subir de 1 metro a mais de 4 metros de altura. Dependendo da variedade, flores são vermelho brilhante, branco ou dois tons e os grãos são branco, preto, violeta variegado com preto, bronze e marrom, marrom e chocolate...

Algumas variedades de feijão espanhol
Phaseolus coccineus 'Desiree': variedade produtiva com flores brancas e grandes grãos brancos saborosos. Tolerante à seca.
Phaseolus coccineus 'Pickwick': variedade anã (50 cm no máximo) decorativa, com flores vermelhas escarlates e grãos roxos marmoreados com preto.
Phaseolus coccineus 'Scarlet Emperor'roxo roxo do feijão com salpicos pretos e as flores vermelhas brilhantes. Altura: 4 metros. Tolerante a climas frios.
Algumas variedades de feijão espanhol
Phaseolus coccineus 'Desiree': variedade produtiva com flores brancas e grandes grãos brancos saborosos. Tolerante à seca.
Phaseolus coccineus 'Pickwick': variedade anã (50 cm no máximo) decorativa, com flores vermelhas escarlates e grãos roxos marmoreados com preto.
Phaseolus coccineus 'Scarlet Emperor'roxo roxo do feijão com salpicos pretos e as flores vermelhas brilhantes. Altura: 4 metros. Tolerante a climas frios.
Embora o feijão espanhol seja uma planta de verão (dias longos), um excesso de calor (temperaturas acima de 25° C) estimula a floração, mas evita a frutificação; verões muito quentes você vai ter belas flores, mas não vagens! Em contraste, na estação de crescimento, o feijão espanhol pode suportar temperaturas relativamente baixas para um feijão, da ordem de 12° C.

chão
Rico e drenante (No entanto, suporta mais umidade do que a maioria dos feijões).

Sementeira e plantio
Semear sementes de feijão espanhol no lugar em maio, 5 cm de profundidade, em linha a cada 10 a 20 cm ou em bolsas de 5 sementes a cada 50 cm. A semeadura sob abrigo e em um balde é possível três semanas antes do transplante, no início de maio.

Os feijões da Espanha estão subindo principalmente; plano para estacas sólidas ou treliça de modo que as hastes retorcidas se apegam.

manutenção
A água é um elemento importante em todo o cultivo de feijão espanhol. Mantenha o solo úmido até que as sementes sejam levantadas e tomar novamente a rega abundante no momento da floração e a formação das vagens.

Assim que as plantas estiverem altas o suficiente, irrita os pés.

Plantas associadas
Mexicanos tradicionalmente cultivavam feijão espanhol em combinação com milho. o tomate ou abóbora também são bons companheiros, como para outros feijões.
Evite a proximidade de Alliaceae (alho, cebola, alho-poró...).

Leia: Cultive as 3 irmãs: milho, feijão, abóbora

A colheita de feijão espanhol
A colheita de feijão espanhol pode começar com o jovens vagens, para consumir como mangetouts, ou quando o pod está cheio, para o grãos frescos, ou quando a vagem está seca, por grãos secos.
Cuidado com infestações de bruch: guarde seus grãos em potes hermeticamente fechados ou no freezer.


segunda-feira, 7 de junho de 2021

PANCS: Jurubeba (Solanum scuticum)

 

Jurubeba (Solanum scuticum)

Planta semi-perene, de porte médio, com altura variando de 1,5 a 3,0 m. O nome vulgar deriva do tupi “yú”, espinho, e “peba”, achatado. É alógama e dependente de abelhas e melíponas para polinização.

Nomes comuns – Jurubeba, jubeba e jurubeba de conserva.

Família botânica – Solanaceae, a mesma do tomate, batata e berinjela.

Origem – América tropical, incluindo grande parte do território brasileiro.

Variedades – Há dois tipos que apresentam diferenças anatômicas bem nítidas: o de folhas em forma de coração com brotações em cor ferrugem e o de folhas dentadas sem esta coloração. Os frutos de ambas variedades são usados na alimentação humana, principalmente em Goiás e Minas Gerais, na região do Triângulo Mineiro.

Clima e solo – É muito rústica, tolerante à seca, própria de clima tropical e subtropical, adaptando-se a diversos tipos de solo.

Preparo do solo - Pode ser realizado pelo sistema convencional, adotando-se práticas conservacionistas, por meio de aração e gradagem, seguidos de coveamento e adubação, ou pelo sistema de plantio direto (cultivo mínimo), no qual o revolvimento é restrito às covas de plantio, deixando-se o solo protegido por uma cobertura morta (palhada de cultivos antecessores).

Calagem e adubação – É planta pouco exigente em fertilidade. Para que haja crescimento mais rápido, é interessante que seja mantido bom nível de matéria orgânica no solo. Como ocorre em solos de matas de galeria e de “mata seca”, é recomendada a calagem seguindo as recomendações da análise do solo. Na adubação pode se usar 200 g de fosfato natural por cova e 300 g de composto orgânico parcelado em três vezes durante o ciclo da cultura.

Plantio – Recomenda-se o plantio em recipientes individuais, semeando-se três ou quatro sementes por recipiente, as quais germinam 15 dias após a semeadura. O desbaste deve ser realizado 30 dias após a semeadura, deixando somente uma planta por recipiente, a mais vigorosa e aos 60 dias pode ser feito o transplantio para o campo. O espaçamento sugerido é de 2,5 m entre linhas e 1,0 m entre plantas na linha, para variedades de porte mais baixo, e 3,0 x 1,0 m para as de porte mais alto. A época ideal para o plantio é o início do período chuvoso.

Tratos culturais – Deve-se proceder capinas periodicamente, quando necessário, para evitar a concorrência com plantas infestantes. A planta deve ser mantida com a altura máxima de 2,0 m para facilitar o manejo e a colheita. Quando a altura ultrapassar esse limite, recomenda-se a poda do ponteiro na altura de 1,70 m. Não existem atualmente no Brasil estudos que identifiquem as principais pragas e doenças da cultura

Colheita e pós-colheita – A colheita é iniciada aos seis meses após o plantio, podendo ser estendida por seis meses; colhe-se do primeiro ao terceiro ano de cultivo. Os cachos com os frutos são colhidos ainda verdes em razão das sementes de frutos maduros serem muito duras e fibrosas. Recomendam-se o uso de tesoura de poda para cortar os cachos e luvas de couro para proteção contra os espinhos. O rendimento da cultura pode variar de 10 a 15 ton/ha.

Os cachos com frutos imaturos devem ser embalados em bandejas forradas com filme de PVC ou caixinhas de acrílico, com peso líquido de cerca de 300 g. A comercialização é feita em feiras livres e em frutarias “sacolões”, em Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e outros Estados.

A forma mais comum de consumo da jurubeba é através do processamento sob a forma de conserva dos frutos verdes, o que lhe confere vida de prateleira de até um ano ou mais. Também é muito utilizada cozida com outros ingredientes, como arroz.

Além de seu uso como alimento, a jurubeba recebe destaque por sua resistência como potencial porta-enxerto de tomateiros visando controle de patógenos do solo, tais como nematoides

Figuras 66 e 67: Jurubeba, planta e frutos

Figuras 68 e 69: Jurubeba em bandeja e em conserva



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