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domingo, 5 de setembro de 2021

PANCS: Ora-pro-nóbis sem espinho (Anredera cordifolia)

 

Ora-pro-nóbis sem espinho (Anredera cordifolia)

Planta perene e trepadeira, com folhas arredondadas e suculentas. Produz tubérculos aéreos (estruturas de reserva) a cada axila das folhas e, em maior concentração, na base das plantas. Esses tubérculos são utilizados como propágulos para o plantio. É cultivada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Nomes comuns – Ora-pro-nóbis sem espinho, espinafre-gaúcho, anredera e, no sul do Brasil, bertalha, apesar da confusão com a bertalha verdadeira, gênero Basella, de origem asiática.

Família botânica – Basellaceae.

Origem – Sul do Brasil e Uruguai.

Variedades – Não se observa ampla variabilidade morfológica.

Clima e solo – Produz melhor sob temperaturas mais amenas, entre 15º e 25ºC nas regiões Sul e Sudeste. Por apresentar desenvolvimento inicial lento, deve ser cultivada em solos ricos em matéria orgânica e de fertilidade mediana a alta.

Preparo do solo – No caso de variedades de hábito de crescimento indeterminado, o plantio é feito em covas orientadas em linhas para tutoramento em espaldeira. O revolvimento de solo deve ser restrito às covas de plantio, deixando-se o solo protegido por uma cobertura morta (palhada de cultivos anteriores, geralmente gramíneas e leguminosas). No caso de cultivo de variedades de hábito de crescimento determinado ou mesmo as de hábito indeterminado, porém colhidas frequentemente para a comercialização, pode-se fazer o plantio em canteiros.

Calagem e adubação – A calagem deve ser feita em função da análise de solo, visando atingir pH entre 5,5 e 6,0. Para que haja elevada produção de folhas, é interessante que seja mantido bom nível de matéria orgânica no solo. A adubação orgânica pode ser feita com composto orgânico, com até 3,0 kg/m2, conforme os teores de matéria orgânica no solo. Durante o período de colheita, a cada dois meses, refazer a adubação de cobertura com até 1,0 kg/m2 de composto orgânico.

Plantio – A propagação é realizada por meio de propágulos (tubérculos aéreos), diretamente no local definitivo, podendo-se utilizar propágulos já brotados. O espaçamento sugerido é de 3,0 m entre linhas por 1,0 m entre plantas nas linhas. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste desenvolve-se melhor quando plantada de setembro a março.

Tratos culturais – Recomenda-se manter as plantas infestantes sob controle, por meio de capinas manuais; irrigar, de acordo com a necessidade da cultura, normalmente duas a três vezes por semana em períodos secos; e efetuar tutoramento em espaldeira semelhante ao usado para tomate vertical, em linha simples. Devido à sua rusticidade, raramente as plantas são afetadas por pragas ou doenças, a não ser esporadicamente por pragas desfolhadoras (formigas, gafanhotos ou coleópteros).

Colheita e pós-colheita – A colheita das folhas é feita, geralmente, a partir dos quatro ou cinco meses após o plantio, assim que as plantas atingem cerca de 1,5 a 2,0 m. Recomenda-se, quando necessário, a conservação em sacos plásticos em geladeira, o que preserva as folhas em ótimas condições por até cinco dias. A produtividade pode variar em torno de 100 a 200 g/planta mensalmente, perdurando por seis meses ou mais.

As folhas macias e suculentas podem ser consumidas em saladas, refogadas e em combinação com outras hortaliças, carnes e aves. Relatos indicam que os tubérculos aéreos, inclusive auqeles formados no colo da planta, podem ser consumidos de modo similar à batata (Solanum tuberosum).

Figuras 84, 85 e 86: Ora-pro-nóbis sem espinho ou anredeira, planta, tubérculos aéreos e colo da planta com propágulos




3 comentários:

  1. Este eu nunca tinha visto conheço o de espinho gostei

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  2. Como faço para adquirir muda ?

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  3. O nome afamado como ora-pro-nobis é mais comum no Genero Pereskia, existem 16 espécies, três apenas comestíveis. É uma cactacea e nada haver com as informações desta postagem. Acho até nocivo, inclusive afirmar tuberculos entre os galhos? Em botânica, tubérculo se refere ao "raízes" arredondadas que algumas plantas verdes desenvolvem abaixo da superfície do solo como órgãos de reserva de energia. A Anredera cordifolia, apesar de comestível não é uma ora-pro-nobis popularmente conhecida, sobre tudo, afirmar ser espécie sem espinho.

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