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quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

PANCS: Tamarilho (Solanum betacea)

 

Tamarilho (Solanum betacea)

Planta perene com até 3 m de altura, folhas simples, alternas, frutos carnosos com polpa suculenta de coloração variando de laranja a vinho, com pequenas sementes. No passado foi muito plantada em quintais de regiões de clima ameno nas regiões Sudeste e Sul, sendo encontrada ainda hoje esporadicamente no Sul de Minas Gerais, na Região Serrana do Rio de Janeiro e em Santa Catarina, entre outros Estados. Entretanto, é em países andinos como Equador e Peru que a cultura assume grande importância econômica, sendo lavoura comercial cultivada em grande escala.

Nomes comuns – Tamarilho, tomate-de-árvore, jiló-de-árvore e tamaril.

Família botânica – Solanaceae, a mesma do tomate. Origem – América andina.

Variedades – Observa-se variabilidade com relação a porte da planta, formato e coloração dos frutos, externa e internamente, mas sem a sistematização de variedades no Brasil. Nos países andinos há trabalhos de melhoramento genético.

Clima e solo – Produz melhor sob temperaturas amenas nas regiões Sul e Sudeste e em solos profundos de fertilidade mediana a alta, com elevados teores de matéria orgânica.

Preparo do solo – Recomenda-se o preparo localizado, restrito às covas de plantio, sem revolvimento do solo em área total e mantendo a cobertura morta entre as covas. As covas devem ter 30 x 30 x 40 cm, respectivamente em largura, comprimento e profundidade.

Calagem e adubação – A calagem deve ser feita em função da análise de solo, visando atingir pH entre 5,8 e 6,5. Sugere-se, considerando a inexistência no Brasil de recomendações específicas, seguir a recomendação de adubação para berinjela, ou seja, até 200 kg/ha de P2O5, 60 kg/ha de K2O e 40 kg/ha de N, e de 20 a 40 ton/ha de esterco de curral curtido (COMISSÃO, 1999). Na adubação de cobertura, 60 kg/ha de N e até 100 kg/ ha de K2O, parcelados a partir dos 45 dias após o transplantio a cada 30 a 60 dias.

Plantio – O tomate-de-árvore é propagado por sementes. Deve-se fazer a produção de mudas em recipientes individuais como copos ou saquinhos plásticos, semeando três a quatro sementes e efetuando-se o desbaste, deixando somente uma planta por recipiente, a mais vigorosa. O plantio definitivo pode ser feito entre 45 e 60 dias após a semeadura, quando as plantas atingem quatro a cinco folhas definitivas. É viável o enraizamento de brotos laterais, o que acelera o processo de produção de mudas, atentando para a seleção de plantas matrizes vigorosas. O transplantio é feito no espaçamento de 3,0 x 2,0 m. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste o plantio deve ser realizado de março a junho e na Região Sul entre setembro a dezembro.

Tratos culturais – A cultura deve ser mantida sob baixa competição por plantas invasoras infestantes, por meio de capinas manuais nas covas e roçada entre plantas. Na época seca, recomenda-se irrigar e utilizar cobertura morta entre plantas. Em alguns casos, quando ocorrem muitas brotações, pode-se efetuar a desbrota visando melhor arejamento nas copas das plantas e a produção de frutos maiores. As pragas que ocorrem com maior frequência são vaquinhas, ácaros, pulgões e a broca-pequena-do-tomate. A doença mais comum é a mela, causada pelos fungos de solo Pythium sp. e Rhizoctonia solani.

Colheita e pós-colheita – A colheita começa aproximadamente cinco a sete meses após o transplantio. Os frutos são considerados maduros quando ocorre mudança na coloração da casca de verde para vermelho. Pode produzir mais de 10 kg/planta ou 60 ton/ha anuais por dois a três anos. Os frutos são utilizados no preparo de sucos, doces e geleias.

Figuras 96 e 97: Tamarilho, planta e frutos



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