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sábado, 9 de abril de 2022

Irrigação na Cenoura

 

Irrigação

A cenoura é uma cultura exigente em água e a maioria dos produtores possui sistema complementar de irrigação em suas lavouras. Logo após o plantio, caso não chova, o produtor deve irrigar a cultura de forma a umedecer o solo a uma profundidade de 20 cm. A partir desse momento até a completa germinação,deve-se evitar o ressecamento superficial do solo a fim de evitar o encrostamento que prejudica a germinação.

Nesse período, deve-se fazer irrigação com turnos diários ou, se possível, a cada doze horasa fim de manter o solo úmido

Após a germinação a cenoura pode ser irrigada em intervalos maiores, mas sem que, no entanto, ocorra estresse na cultura durante o ciclo. Os turnos de rega são calculados em função das condições climáticas, fase da cultura e tipo de solo. Não se deve encharcar o solo a fim de reduzir a incidencia de doenças foliares e de solo. Nas condições de cerrado, nos meses mais secos, estima-se que a evapotranspiração seja na ordem de 6 mm por dia. Assim, o produtor deve calcular a quantidade de água a ser irrigada em função dessa perda.

Portanto, lâminas de 20 mm - 25 mm a cada dia, tem sido um turno rega bastante comum nas regiões de cenoura. Estima-se que o consumo de água em uma lavoura de cenoura durante todo seu ciclo de 100 a 130 dias seja de 400 mm - 600 mm, sendo uma cultura bastante exigente em

água com respostas lineares em incremento de produtividade com irrigações bem feitas na quantidade e momento correto.

Existem regiões como o sul de Minas Gerais, em que no período das águas, alguns produtores cultivam cenoura sem irrigação complementar.

No entanto, o nível tecnológico dessas lavouras é baixo, bem como a expectativa de baixa de produtividade, além de imprevisibilidade na colheita.

O sistema mais comum de irrigação nas principais regiões de produção é a de pivô central (Figura 6). Contudo outros sistemas como aspersão convencional, autopropelido, microaspersão (Figura 7A) e microjatos (Figura 7B) (Santeno®) são usados em algumas regiões com sucesso.

Não existe um sistema ideal. Existe o sistema mais adequado para cada ocasião e circunstância. Assim, até o autopropelido tem sua utilização, seja para fechar áreas não alcançadas pelo pivô, seja para irrigar regiões com escassez de mão de obra.

Figura 6. Sistema de irrigação tipo pivô central em cenoura.



Figura 7. Sistemas de irrigação empregados em cenoura: microjatos (A); microaspersão (B) e Pivô central (C).

A aspersão convencional também é bastante utilizada por pequenos, médio e até grandes produtores na irrigação de áreas fora do alcance do raio do pivô. Esse sistema é empregado com distância entre aspersores entre 12 x 12 m - 12 x 18 m, com pressão entre 30 mca - 40 mca e volume de água de 6 mm - 9 mm por hora. A microaspersão e o sistema de microjatos são utilizados principalmente por pequenos produtores, ou em regiões em que a água e um recurso escasso, como a região de Irecê-BA.

Dos sistemas mais comuns, o menos recomendado é o gotejamento.

Contudo, a adequação do espaçamento entre fileiras, bem como melhoria nas técnicas desse sistema poderão viabilizar a produção econômica desse tipo de irrigação em cenoura.



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